"Queremos apoiar a Ucrânia na sua jornada europeia", disse von der Leyen numa breve conferência de imprensa após o seu encontro com o Presidente ucraniano, Volodímir Zelensky, uma vez que os combates continuaram no Leste com soldados russos que invadiram o país a 24 de fevereiro.
"As discussões de hoje vão permitir-nos finalizar a nossa avaliação até ao final da próxima semana", acrescentou, sublinhando que as autoridades ucranianas tinham "feito muito" para uma candidatura, mas que ainda havia "muito a fazer", nomeadamente na luta contra a corrupção.
Na mesma conferência de imprensa, Zelensky disse esperar "uma decisão lógica" da UE ao pedido e defendeu rapidez na resposta.
"Este é um momento decisivo não só para a Ucrânia, mas também para a União Europeia e todo o continente europeu; neste momento em que estamos a planear o futuro para uma Europa unificada, temos de ver se haverá um futuro; a Rússia quer dividir, debilitar a Europa, e estamos certos que a Ucrânia é apenas o primeiro país nos seus planos", avisou Zelenski.
A líder da Comissão Europeia ainda não se encontrou com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, nesta visita a Kiev, a sua segunda desde o início da guerra, tendo a anterior tido lugar a 8 de abril.
"Estou de volta a Kiev (...) Faremos um balanço do trabalho conjunto necessário para a reconstrução e dos progressos realizados pela Ucrânia no caminho para a Europa", disse ela aos jornalistas, segundo a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), que a acompanhou na visita.
A Ucrânia exige dos europeus um "compromisso jurídico" concreto até ao final de junho para obter o estatuto de candidato oficial à entrada na UE, mas os 27 países ainda estão muito divididos sobre a questão nesta fase.
Enquanto muitos países, principalmente da Europa Oriental, apoiam a adesão da Ucrânia, alguns, como os Países Baixos e a Dinamarca, mas também a Alemanha e a França, que detém a presidência da UE até ao final de junho, mostram algumas reservas, segundo a AFP.
Mesmo que seja concedido à Ucrânia o "estatuto de candidato", isto irá lançar um processo de negociações e potenciais reformas que poderão levar anos, ou mesmo décadas, até que este país esteja à beira de aderir à UE, têm notado vários líderes europeus, tentando assim enquadrar as esperanças de Kiev de que o processo seja acelerado.
Durante a sua anterior visita a 8 de abril, Ursula von der Leyen tinha assegurado que a Ucrânia tinha um "futuro europeu".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que mereceu a condenação de grande parte da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição de sanções à Rússia.