UE saúda cessar-fogo na Faixa de Gaza mas frisa que há que consolidá-lo

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,8 ago 2022 14:15

A União Europeia (UE) saudou hoje o cessar-fogo acordado entre Israel e a Jihad Islâmica Palestiniana, apontando que "agora é crucial trabalhar para consolidar" esta trégua, que "deverá pôr fim à violência" na Faixa de Gaza.

Em comunicado, o porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), o corpo diplomático da UE, aponta que "a UE congratula-se com o anunciado cessar-fogo entre Israel e a Jihad Islâmica Palestiniana" e louva o "indispensável papel facilitador" desempenhado pelo Egito, bem como o apoio prestado pelas Nações Unidas, Estados Unidos e Qatar.

"Agora é crucial trabalhar para consolidar o cessar-fogo e reabrir os postos de passagem, para permitir designadamente a entrada e saída de Gaza de assistência humanitária, combustível, e de trabalhadores", declara o porta-voz, reiterando a posição da UE no sentido de serem feitos "esforços tangíveis para tornar a situação em Gaza sustentável, através de uma cooperação económica reforçada e do restabelecimento de um horizonte político".

Apesar de saudar as tréguas acordadas entre Israel e a Jihad Islâmica Palestiniana, a UE "deplora a perda de vidas civis nos últimos dias, incluindo várias crianças e mulheres" e reclama "uma investigação atempada e exaustiva a estas baixas civis".

Israel e a Jihad Islâmica Palestiniana (JIP) acordaram no domingo um cessar-fogo para pôr fim a uma escalada de violência de três dias, que deixou pelo menos 44 palestinianos mortos, incluindo 15 crianças, e mais de 360 feridos.

A entrada de mercadorias na Faixa de Gaza foi retomada hoje, horas depois do início da trégua entre Israel e a Jihad Islâmica, noticiou a agência francesa AFP, dando conta da entrada de um camião com combustível através da passagem de Kerem Shalom, no sul do enclave.

O acordo de cessar-fogo, mediado pelo Egito e anunciado pela Jihad Islâmica e Israel, entrou em vigor às 23:30 horas locais (21:30 em Lisboa) de domingo, mas foi antecedido e seguido pelo lançamento de uma série final de projéteis de artilharia a partir de ambos os lados beligerantes na Faixa de Gaza.

Após múltiplas tentativas falhadas, as negociações para uma cessação das hostilidades foram concluídas com êxito com a visita de uma delegação egípcia à Faixa de Gaza, onde os pormenores foram finalizados.

Durante os últimos três dias de hostilidades, a Jihad Islâmica disparou mais de 930 'rockets' de Gaza para Israel, segundo estimativas do exército israelita, a grande maioria dos quais caiu em áreas despovoadas ou foi intercetada pelo sistema de defesa aérea israelita, segundo a mesma fonte.

Os bombardeamentos israelitas, em contrapartida, atingiram mais de 160 alvos, alegadamente pertencentes ao grupo armado JIP. Estes incluíam instalações de fabrico e armazenamento de armas, locais de lançamento de foguetes e uma rede de túneis alegadamente utilizados pelo grupo, considerado "terrorista" por Israel, pelos Estados Unidos da América e pela União Europeia.

O exército israelita lançou a sua operação na sexta-feira, que anunciou como um "ataque preventivo", contra a Jihad Islâmica, na qual os seus principais líderes militares em Gaza, Tayssir Al-Jabari e Khaled Mansour, foram mortos, juntamente com vários combatentes do grupo.

As mortes dos líderes militares foram confirmadas pela Jihad Islâmica.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,8 ago 2022 14:15

Editado porAndre Amaral  em  8 ago 2022 14:15

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