"As bases de treino dos grupos terroristas separatistas anti-iranianos, o que resta dos quartéis dos mercenários da arrogância mundial (Estados Unidos e aliados) foram atingidos hoje de manhã por uma nova série de ataques com mísseis e drones da força terrestre dos Guardas da Revolução", refere um comunicado emitido em Teerão.
Por outro lado, no domingo, grupos de defesa dos direitos humanos acusaram as autoridades iranianas de reforçarem os contingentes militares nas regiões curdas onde as manifestações contra o regime de Teerão se intensificaram desde Setembro.
As Forças Armadas do Irão enviaram reforços para a cidade de Mahabad, no noroeste do Irão, disse o grupo de direitos humanos curdo Hengaw frisando que foram efectuados disparos "em zonas residenciais".
O grupo Hengaw, com sede na Noruega, difundiu através das redes sociais imagens que, alegadamente, mostram helicópteros iranianos a sobrevoarem Mahabad.
Os aparelhos, segundo o Hengaw, transportavam membros do Guardas da Revolução.
Ainda segundo o mesmo grupo de defesa de direitos humanos curdo no exílio, os estabelecimentos comerciais mantiveram-se fechados no domingo como demonstração de protesto contra a repressão.
A República Islâmica do Irão tem sido palco da contestação desencadeada no passado dia 16 de Setembro, após a morte de Mahasa Amini, uma jovem curda iraniana presa pela polícia por não respeitar os códigos de vestuário impostos às mulheres do Irão.
As primeiras manifestações eclodiram nas localidades cursas do noroeste, em particular em Saghez, cidade natal de Amini, mas os protestos generalizaram-se em outras cidades.