Julgamento do ataque terrorista na Costa do Marfim começa 30 de Novembro

PorExpresso das Ilhas, Lusa,21 nov 2022 14:43

O julgamento do ataque terrorista na cidade marítima marfinense de Grand-Bassam, que matou 19 pessoas, incluindo cidadãos europeus, em 13 de Março de 2016, terá início a 30 de Novembro em Abidjan, anunciaram hoje fontes judiciais.

"Está previsto um julgamento" para 30 de Novembro perante o tribunal criminal, disse uma das fontes à agência noticiosa AFP.

De acordo com as fontes, a câmara de investigação do tribunal de recurso de Abidjan remeteu 18 pessoas ao tribunal penal de Abidjan por "atos de natureza terrorista relacionados com um empreendimento coletivo destinado a perturbar gravemente a ordem pública através de intimidação ou terror".

De acordo com outra fonte judicial, quatro dos acusados estão atualmente em prisão preventiva na Costa do Marfim, enquanto outros 12 foram despedidos.

O processo, que terá início em 30 de novembro, poderá durar até 22 de dezembro, de acordo com a mesma fonte.

A 13 de Março de 2016, três jovens assaltantes invadiram a praia de Grand-Bassam, que é popular entre os estrangeiros, e invadiram vários restaurantes, disparando contra clientes no terraço antes de serem neutralizados pelas forças de segurança da Costa do Marfim.

Reivindicado pela filial da Al-Qaida no Magrebe Islâmico (Aqmi), este ataque terrorista, o primeiro na Costa do Marfim, matou 19 pessoas, incluindo quatro cidadãos franceses.

Em 2018, os familiares dos quatro franceses mortos no ataque rebelde de Grand-Bassam foram recebidos pela primeira vez pelo juiz parisiense encarregado da investigação.

Paralelamente à investigação realizada no local, a França abriu um processo devido à presença de vítimas francesas.

Várias dezenas de pessoas, incluindo os três cúmplices dos atacantes mortos, foram presas, após o ataque, no Mali.

Em Janeiro de 2017, soldados da força francesa Barkhane tinham capturado um suspeito chave, Mimi Ould Baba Ould Cheikh, considerado pelas autoridades da Costa do Marfim como um dos cérebros do ataque e pelas autoridades de Burkinabe como o "chefe de operações" de outro ataque que tinha matado 30 pessoas em Ouagadougou em Janeiro de 2016.

O ataque, que foi levado a cabo como retaliação às operações anti-terroristas de Barkhane e Serval realizadas pela França e pelos seus aliados na região do Sahel, teve também como alvo a Costa do Marfim por entregar membros da Aqmi às autoridades do Mali.

Este ataque afetou gravemente o setor do turismo neste país, já enfraquecido por anos de crises pós-eleitorais, nomeadamente no período de 2010 a 2011.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,21 nov 2022 14:43

Editado porAndre Amaral  em  22 nov 2022 7:59

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