A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, destacou em conferência de imprensa que a morte de Al-Qurashi "não foi resultado de uma acção dos Estados Unidos".
No entanto, assegurou que o Governo liderado por Joe Biden está "satisfeito" com a sua partida da organização terrorista, pouco tempo depois de ter assumido a sua liderança, em Março.
O comando militar dos Estados Unidos o Médio Oriente (CentCom) divulgou que o líder do grupo 'jihadista' foi morto por rebeldes no sul da Síria.
"Esta operação foi realizada em meados de Outubro pelo Exército Sírio Livre na província síria de Daraa", destacou o CentCom em comunicado, acrescentando que a morte de Al-Qurachi é "outro golpe para o Estado Islâmico (EI)".
O EI anunciou esta quarta-feira a morte do seu líder e designou Abu al Hussein al Husseini al-Qurashi como o novo "califa", segundo um áudio transmitido pela produtora audiovisual Al Furqan, ligada aos 'jihadistas'.
Abu Hassan al-Hashimi al-Qurashi tinha sido escolhido para líder do grupo EI em Março passado.
O porta-voz do grupo não especificou na mensagem as circunstâncias da morte do líder do grupo, a segunda de um chefe do EI em menos de um ano, mas adiantou que a escolha do novo chefe aconteceu após uma reunião da cúpula do movimento 'jihadista'.
O primeiro líder do grupo EI, Abu Bakr al-Baghdadi al-Qurashi, foi morto em 2019 num ataque dos Estados Unidos na província de Idlib, reduto da oposição síria no nordeste do país, e o sucessor, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurashi, foi abatido a 03 de Fevereiro deste ano noutra operação especial das tropas norte-americanas no noroeste do país.
Abu Bakr al-Baghdadi al-Qurashi tinha sido proclamado califa pelo grupo Estado Islâmico em 2019, após a morte do antecessor, Abu Bakr al-Baghdadi.
Desde a morte de al-Baghdadi, os líderes do grupo Estado Islâmico passaram a incluir o nome al-Qurashi, numa referência à tribo das coraixitas, à qual pertencia o profeta Maomé.
Após uma ascensão meteórica ao poder em 2014 no Iraque e na Síria, e a conquista de vastos territórios, o EI viu o seu autoproclamado "califado" ser derrubado após sucessivas ofensivas militares nestes dois países, respectivamente em 2017 e 2019.
Desde então, a organização foi desestabilizada em várias ocasiões pela morte ou captura de vários dos seus líderes.