"Juntei-me ao crescente número de cidadãos do Arizona que rejeitam a política partidária, declarando a minha independência do sistema partidário disfuncional em Washington", escreveu a senadora num artigo de opinião num jornal regional.
"Eu registei-me como uma independente do Arizona", acrescentou.
A senadora em primeiro mandato disse que se comprometeu "a não demonizar as pessoas" de quem discorda, não se envolver em agressões verbais ou não se distrair com dramas políticos".
"Prometi que nunca me curvaria à pressão do partido", frisou.
Apesar da decisão preocupar os Democratas, Kyrsten Sinema indicou que não tenciona alinhar-se com os Republicanos.
Antes do anúncio de Sinema, os Democratas haviam conquistado uma vantagem de 51 assentos no Senado, contra 49 dos Republicanos, com a vitória do senador democrata Raphael Warnock na terça-feira, na segunda volta das intercalares no estado da Geórgia.
Numa entrevista ao jornal Politico, Sinema disse que não se alinhará com os Republicanos e que planeia continuar a votar como tem feito desde que venceu a eleição para o Senado em 2018, após três mandatos na câmara alta do Congresso.
"Nada vai mudar sobre os meus valores ou o meu comportamento", garantiu.
Se Kyrsten Sinema cumprir essa promessa, os Democratas ainda terão uma maioria viável no Senado no próximo Congresso, que arranca em Janeiro.
A senadora enfrentará a reeleição em 2024 e, provavelmente, será confrontada com um candidato primário bem financiado pelos Democratas depois de irritar grande parte da base do Partido ao bloquear ou diluir prioridades progressistas, como um aumento do salário mínimo ou grandes iniciativas sociais do Presidente, Joe Biden.
Até agora, Sinema não afirmou que planeia concorrer a outro mandato.