África, Caraíbas e Pacífico apelam ao financiamento climático dos países poluidores

PorExpresso das Ilhas, Lusa,10 dez 2022 10:10

OEACP quer que os países desenvolvidos entreguem os 100 mil milhões de dólares prometidos
OEACP quer que os países desenvolvidos entreguem os 100 mil milhões de dólares prometidos

Décima cimeira de chefes de Estado e de Governo da OEACP - Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico, decorreu em Luanda.

Os países da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) reiteraram em Angola um apelo aos países mais desenvolvidos e emissores de gazes poluentes para que cumpram os seus objectivos de financiamento climático.

"Exortamos os nossos parceiros a apoiar a transformação estrutural económica dos nossos países, a facilitar os investimentos e a cumprir as suas obrigações em matéria de desempenho climático", lê-se nas conclusões da décima cimeira, que decorreu até sexta-feira em Luanda sob o tema "Três continentes, três oceanos, um destino comum: construir uma OEACP resiliente e sustentável".

"Apelamos a um maior apoio técnico e financeiro, incluindo o desenvolvimento de capacidades e a transferência de tecnologia", acrescenta a declaração.

Para a OEACP, é imperativo que mais países desenvolvidos entreguem os 100 mil milhões de dólares prometidos, "sem mais demoras", para assegurar que as nações empobrecidas se adaptem e atenuem os efeitos da crise climática.

Os países membros também se comprometeram a "enfrentar a crise climática e a melhorar a resistência às mudanças, procurar sistemas sustentáveis e seguros de acesso a alimentos e energia, e enfrentar a crise da biodiversidade e outros desafios ambientais".

Durante esta cimeira, a organização aceitou as Maldivas como membro de pleno direito e "lamentou" a decisão da África do Sul de se retirar da organização "com efeito imediato".

Por seu lado, o presidente de Angola, João Lourenço, que dirigirá a organização durante os próximos três anos, disse que a sua liderança se centrará na "atenuação dos efeitos das alterações climáticas, boa governação, transparência, e valorização da produção interna de cada país".

João Lourenço reafirmou a responsabilidade da organização em continuar a combater a pobreza.

Neste sentido, o secretário-geral da OEACP, o angolano Georges Chikoty, salientou: “Na sua busca para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030 e implementar o Acordo de Paris sobre a crise climática, a OEACP deve e pode mobilizar recursos internamente e em colaboração com os nossos parceiros de desenvolvimento para erradicar a pobreza extrema nos nossos países".

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,10 dez 2022 10:10

Editado porJorge Montezinho  em  11 dez 2022 9:55

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