Até Março, o objectivo é obter 932 mil milhões de dólares. Esta verba excede em 353 mil milhões a prevista em Outubro, devido a uma menor disponibilidade de liquidez no início do trimestre e a previsões de receitas abaixo do esperado e despesas, pelo contrário, acima do antecipado.
O recurso ao endividamento vai ocorrer quando democratas e a Casa Branca pressionam o Congresso para o aumento do limite da dívida federal.
O presidente Joe Biden quer o limite elevado sem pré-condições; a nova maioria republicana na Câmara dos Representantes pretende conceder o aumento do limite da dívida em troca do corte de algumas despesas.
Os dirigentes do Departamento do Tesouro asseguram que o debate sobre o limite da dívida ameaça a posição financeira dos EUA.
"Só a ameaça de o governo dos EUA poder falhar o cumprimento das suas obrigações pode causar estragos severos à economia, ao corroer a confiança de famílias e empresas, injectar volatilidade nos mercados financeiros e aumentar o custo do capital, entre outros impactos negativos", salientou a subsecretária do Tesouro para a política económica, Ben Harris, em comunicado.
No início deste mês, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em carta enviada aos líderes do Congresso, disse que o Departamento tinha começado a recorrer a "medidas extraordinárias" para evitar um 'default' (incumprimento) do governo federal dos EUA.
O novo presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy, vai reunir-se com Joe Biden esta semana para discutir o assunto.