ONU e UE criticam pena de prisão de activista Nobel da Paz na Bielorrússia

PorExpresso das Ilhas, Lusa,3 mar 2023 14:11

A ONU e a União Europeia (UE) expressaram preocupação com o julgamento do Prémio Nobel da Paz de 2022, Alés Bialiatski, pedindo a libertação deste activista que foi hoje condenado a 10 anos de prisão.

"Estamos muito preocupados com a falta de procedimentos necessários para um julgamento justo e com a falta de justiça independente na Bielorrússia, o que coloca em risco os defensores dos direitos humanos", disse a porta-voz da agência da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

Um tribunal de Minsk considerou Bialiatski e três outros activistas de Direitos Humanos culpados de contrabando e financiamento de acções colectivas que violam gravemente a ordem pública.

Também a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse hoje ter ficado "consternada" com a sentença do defensor de Direitos Humanos, que foi hoje proferida por um tribunal de Minsk.

"As sentenças politicamente motivadas contra Bialiatski e contra os activistas da Viasna (a organização que dirige) são um insulto à justiça. Peço a sua libertação", disse Metsola, numa mensagem na rede social Twitter, acrescentando que o Parlamento Europeu "apoia uma Bielorrússia livre".

Peter Stano, porta-voz do Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, disse que o assunto está a ser acompanhado "muito de perto".

A porta-voz da agência da ONU para os Direitos Humanos lembrou ainda que pelo menos 1.446 pessoas, incluindo 10 menores, estão detidas arbitrariamente na Bielorrússia, muitas delas activistas que foram detidas por "motivação política".

"Pedimos o fim da perseguição aos defensores dos Direitos Humanos e àqueles que expressam opiniões dissidentes e exigimos a libertação de todos os detidos arbitrariamente", insistiu Shamdasani.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,3 mar 2023 14:11

Editado porAndre Amaral  em  5 mar 2023 17:47

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