UA confirma morte de 3.500 militares da missão na Somália desde 2007

PorExpresso das Ilhas, Lusa,12 abr 2023 14:35

A União Africana (UA) calcula em cerca de 3.500 o número de soldados da sua missão na Somália mortos desde 2007 em combates com o Al-Shebab, o grupo terrorista ligado à Al-Qaida.

Mohamed El-Amine Souef, representante especial da presidência da Comissão da UA para a Somália, revelou os números de vítimas numa entrevista recente a um programa de rádio da Voice of America, citada por agências internacionais.

"As tropas não estavam bem preparadas e a administração nem sequer estava em Mogadíscio. Muitos casos não foram devidamente documentados", referiu ainda Souef, através da plataforma de mensagens Whatsapp, que confirmou que as estimativas da UA quanto ao número de mortes são de cerca de 3.500.

"A missão documentou cerca de 4.000 vítimas. De acordo com os oficiais da força que serviram na missão, as baixas, incluindo os que ficaram incapacitados, podem chegar a mais de 5.000", revelou Souef.

As tropas do Burundi e do Uganda foram as que sofreram maior número de baixas, segundo a mesma fonte.

Originalmente conhecida como missão da União Africana na Somália, o primeiro destacamento da operação em Mogadíscio ocorreu em março de 2007 com tropas do Uganda.

Em Abril de 2022, a missão da UA mudou o seu nome para Missão de Transição da União Africana na Somália (Atmis, no acrónimo em inglês), e estabeleceu a sua retirada da Somália até dezembro de 2024, depois de as forças somalis terem assumido responsabilidades de segurança no país.

A Atmis tem atualmente cerca de 19.000 'capacetes azuis' a operar na Somália.

O exército somali, apoiado pelos aliados, reconquistou, desde agosto, um terço dos territórios ocupados pelo grupo terrorista Al-Shebab, segundo disse o embaixador dos Estados Unidos da América na Somália, Larry Andre, em Março.

Mas o grupo terrorista, que se juntou à rede Al-Qaida em 2012, continua a controlar as áreas rurais do centro e sul da Somália e realiza frequentemente ataques em Mogadíscio e outras partes do país para desestabilizar o governo central e estabelecer um Estado islâmico ultraconservador, ao mesmo tempo que ataca países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.

O país encontra-se em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando a Somália sem um governo eficaz e nas mãos de milícias e senhores da guerra islâmicos.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,12 abr 2023 14:35

Editado porAndre Amaral  em  13 abr 2023 8:23

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