As armas de fogo de alta potência, em tempos proibidas em todo o país, são a arma de eleição entre os jovens responsáveis pela maior parte dos tiroteios em massa que ocorrem nos Estados Unidos.
A lei de Washington prevê a proibição da venda, distribuição, fabrico e importação de mais de 50 modelos de armas, incluindo AR-15s, AK-47s e espingardas de estilo semelhante.
Uma vez assinada pelo governador democrata Jay Inslee, que há muito defende a medida, a lei entra de imediato em vigor.
Inslee defende que vão salvar-se vidas com esta e a duas outras medidas aprovadas pelo parlamento estadual: a introdução de um período de espera de 10 dias para a compra de armas e a responsabilização dos fabricantes de armas por vendas negligentes.
Os legisladores do partido Republicano opuseram-se à proibição, com alguns a defender que os tiroteios nas escolas devem ser resolvidos de outras formas e que a limitação infringe os direitos das pessoas de se defenderem.
"Viola claramente as nossas constituições estaduais e federais, razão pela qual acabará imediatamente em tribunal", notou a senadora republicana Lynda Wilson.
Já a possibilidade do Congresso dos EUA recuperar a proibição das espingardas semiautomáticas parece muito distante, embora o Presidente do país, Joe Biden, e outros membros do partido Democrata estarem cada vez mais empenhados em estabelecer um acesso mais limitado às armas.
Nove estados, incluindo Califórnia, Nova Iorque e Massachusetts, já aprovaram proibições semelhantes, tendo as leis sido mantidas como constitucionais pelos tribunais, de acordo com o procurador-geral de Washington Bob Ferguson.
Os Estados Unidos, onde circulam aproximadamente 400 milhões de armas de fogo, são frequentemente afectados por tiroteios mortais, inclusive em escolas.
Desde o início de 2023, foram registados pelo menos 30 incidentes envolvendo armas de fogo em escolas nos Estados Unidos, que deixaram oito mortos e 23 feridos, segundo dados da organização Everytown for Gun Safety.