Estava em fuga desde 2001 e foi detido numa operação conjunta entre as autoridades sul-africanas e as do Ruanda.
De acordo com a CNN, Fulgence Kayishema é suspeito de orquestrar a morte de mais de 2 mil refugiados tutsis – mulheres, homens, crianças e idosos – na Igreja Católica de Nyange durante o genocídio .
"Fulgence Kayishema esteve em fuga mais de 20 anos. Finalmente ele enfrentará a Justiça pelos crimes que, alegadamente, cometeu", disse o procurador-chefe Serge Brammertz do Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Criminais (IRMCT) aos meios locais, citado pelo Notícias ao Minuto.
"O genocídio é o crime mais grave conhecido pela humanidade. A comunidade internacional comprometeu-se a garantir que os perpetradores sejam processados e punidos. A prisão dele é uma demonstração tangível de que esse compromisso não desaparece e que a Justiça será feita, não importa quanto tempo demore", acrescentou Serge Brammertz.
Recorde-se que, cerca de 800 mil tutsis e hutus foram mortos, em 90 dias, em 1994, no Ruanda, neste que ficou conhecido como um dos maiores genocídios do mundo.
Além de Fulgence Kayishema, ainda há outros suspeitos em parte incerta.