A rede que foi desmantelada traficava "'ecstasy', 'speed' (anfetaminas), quetamina e outras substâncias ilegais" no norte de Espanha, em Ibiza e no sul de França.
Na operação policial denominada "Butterfly-1", os agentes detiveram 13 pessoas e apreenderam "150 mil pastilhas de 'ecstasy', 135 quilogramas de 'speed', 25 quilogramas de cetamina, quatro quilogramas de 'cocaína rosa' ou '2C-B' (droga sintética estimulante fabricada desde os anos 1970 e que provoca efeitos semelhantes ao LSD e ao 'ecstasy') e mais de mil litros de precursores (produtos químicos utilizados no fabrico de substâncias sintéticas)".
As forças de segurança efectuaram buscas em locais das províncias espanholas de Barcelona, Burgos, Cantábria e Madrid, disse à agência EFE a Direcção Geral da Polícia (DGP).
As investigações foram coordenadas pelo Tribunal de Instrução nº1 de Alcalá de Henares, localidade da região de Madrid onde foi desmantelado um laboratório onde se produzia componentes para o fabrico das anfetaminas.
Em concreto, a instalação considerada complexa era coordenada por um dos detidos conhecido como "Químico" que também controlava com a ajuda da mãe um outro laboratório de produção e distribuição de anabolizantes (substância sintética de reposição de testosterona), situado em Barcelona.
Desde o início da investigação que as forças policiais de Espanha e de França tinham concluído que a rede "não tinha limites geográficos" no tráfico e fabrico das drogas sintéticas.
Segundo os investigadores, a organização criminosa desmantelada era liderada por um cidadão espanhol conhecido como "El Jefe" ("Chefe") que também se encarregava de transportar produtos químicos e drogas sintéticas da Holanda para Espanha.
O alegado líder coordenava a rede a partir da residência em Barcelona, nomeadamente a importação, transformação e distribuição de sulfato de anfetamina ("speed"), que ocultava num armazém na Catalunha.
Neste caso, o material era posteriormente transportado para Alcalá de Henares, Madrid, onde os agentes descobriram a existência do laboratório coordenado pelo "Químico", o alegado responsável pela produção de "speed".
Segundo as autoridades, o laboratório de Alcalá de Henares tinha capacidade para produzir 100 quilogramas de "speed" por mês.
As mesmas investigações constataram igualmente a existência de outras rotas de distribuição de drogas sintéticas, pela mesma rede, em Burgos e na Cantábria.
Esta extensão da rede operava também em toda a região autónoma espanhola do País Basco, usando veículos com compartimentos secretos onde escondiam as drogas.