No primeiro ataque, "quatro elementos das forças de segurança foram assassinados quando o posto de controle onde se encontravam foi atacado na zona de Dhana Sar", província do Baluchistão.
Neste ataque terá morrido "um insurgente" envolvido no ataque, de acordo com Muhammed Ramzan, oficial de polícia na cidade de Quetta, a capital da província.
Ramzam disse à agência espanhola EFE que durante a troca de tiros, que se prolongou durante quase duas horas, ficou ferido um outro elemento das forças de segurança, assim como um atacante que foi resgatado pelos outros insurgentes antes da retirada do local.
Horas antes, um outro grupo de atacantes emboscou uma patrulha de soldados na mesma província na altura em que os militares preparavam uma operação.
Neste ataque morreram dois membros das forças de segurança, incluindo o comandante, enquanto outro militar ficou ferido, disse o gabinete de imprensa do Exército do Paquistão.
Os dois ataques, que ainda não foram reivindicados, ocorrem numa altura em que o país enfrenta um aumento da "violência insurgente", especialmente contra as forças de segurança.
No primeiro semestre registaram-se 271 ataques insurgentes no Paquistão que provocaram 389 mortos e 656 feridos, de acordo com um relatório oficial divulgado no domingo pelo Instituto de Estudos de Segurança e Conflitos.
Muitos destes ataques são reivindicados pelo principal grupo talibã paquistanês - Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP) - que anunciou em Novembro do ano passado a reorganização das acções armadas, após três meses de negociações de paz com o Governo interrompidas sem resultados.
O TTP, encarado como organização extremista que protege grupos armados regionais, foi criado em 2007 com o objectivo de instaurar um Estado islâmico no Paquistão, com o apoio dos talibãs do Afeganistão.
Em concreto, a província do Baluchistão, a maior o Paquistão, tem sido marcada pela violência exercida por grupos armados, facções talibãs e outros grupos extremistas islâmicos que lutam contra o Governo e que pretendem fundar um Estado independente.
No passado mês de Abril, o Executivo paquistanês anunciou uma operação militar de grande escala, semelhante às que foram organizadas em 2014 e 2017.