Pelo menos 600 participantes do Jamboree Mundial tiveram de receber tratamento por insolação ou outras doenças relacionadas com as temperaturas altas desde que o maior acampamento anual organizado pelo movimento escuteiro começou, na quarta-feira.
O movimento escuteiro disse que pediu aos organizadores sul-coreanos que "considerassem opções alternativas para encerrar o evento antes do previsto e apoiar os participantes até que eles partissem para os seus países de origem".
O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, ordenou o envio de médicos militares e enfermeiras para o local, assim como autocarros com ar condicionado, onde os escuteiros se podem abrigar temporariamente, e camiões frigoríficos carregados com água.
Mas, num comunicado, o movimento escuteiro pediu garantias mais fortes de que os organizadores "farão todo o possível para resolver os problemas causados pela onda de calor, disponibilizando mais recursos".
"Continuamos a pedir ao anfitrião e ao Governo sul-coreano que honrem os seus compromissos de mobilizar recursos financeiros e humanos adicionais e tornar a saúde e a segurança dos participantes a sua principal prioridade", afirmou o movimento.
O comunicado surgiu depois da Associação de Escuteiros do Reino Unido anunciar que iria retirar mais de quatro mil britânicos, o maior contingente nacional presente no Jamboree, e transferi-los para hotéis no fim de semana, num grande revés para a organização.
Também o contingente dos Estados Unidos disse, num email enviado às centenas de escuteiros norte-americanos presentes no evento, estar a ponderar a retirada no domingo, devido ao "clima extremo e condições resultantes".
Os militares dos Estados Unidos ofereceram-se para abrigar cerca de 600 escuteiros norte-americanos em Camp Humphreys, uma grande base militar em Pyeongtaek, ao sul da capital, Seul.
Cerca de 43 mil pessoas de todo o mundo, a maioria adolescentes, estavam a participar no encontro, na região costeira de Buan, na província de Jeolla do Norte, no norte da Coreia do Sul.
A presidência sul-coreana realizar uma reunião de emergência do governo para aprovar uma ajuda de emergência de seis mil milhões de wons (4,2 milhões de euros) devido à onda de calor que tem atingido o país.
De acordo com a agência de notícias France-Presse, a península coreana vive actualmente uma vaga de calor com temperaturas diárias em torno de 35 graus Celsius, o que desencadeou um alerta de onda de calor máximo.