"As sanções (...) constituem violações dos direitos humanos de milhões de pessoas e são aplicadas precisamente por aqueles que depois pretendem apresentar-se como campeões na defesa dos direitos humanos, são também um ataque deliberado ao direito ao desenvolvimento de povos inteiros e um impedimento à realização da Agenda 2030", defendeu Yván Gil.
Estas medidas, continuou, geraram uma "crise no sistema de relações internacionais", razão pela qual exigiu o levantamento "total, imediato e incondicional" de "todas as políticas ilegais de sanções e bloqueios económicos, comerciais e financeiros" aplicadas ao seu país, "a Cuba, à Eritreia, ao Irão, à Nicarágua, à Síria, ao Zimbabué e a outras nações irmãs".
A Venezuela "tem sido vítima de uma política cruel de agressão" que gerou "perdas económicas de mais de 232 mil milhões de dólares 2017,4 mil milhões de euros", uma "queda acentuada do produto interno bruto" e o "confisco de milhares de milhões de dólares de recursos soberanos que estão presos no sistema financeiro internacional", afirmou.
O ministro afirmou que, sem o "obstáculo de medidas coercivas unilaterais, a Venezuela está disposta a fazer parte da solução para a crise, particularmente na área da segurança alimentar e energética".
Gil propôs a criação de uma "zona livre" de tais medidas, onde os países poderiam "efetuar transações financeiras e pagamentos interbancários", e que "garantiria investimentos diretos e comércio legal entre nações, sem riscos ou impedimentos arbitrários das potências ocidentais".
De acordo com um relatório apresentado em agosto pela rede de oprganizações não-governamentais Sinergia, a Venezuela não fez progressos, desde 2016, em 95 das 160 metas relacionadas com os ODS que os países, em coordenação com a ONU, se comprometeram a alcançar até 2030.