De acordo com um comunicado do movimento xiita, a primeira acção desta tarde foi levada a cabo com mísseis teleguiados e "armas apropriadas" contra uma série de postos militares nas quintas de Chebaa e nas colinas de Kfar Chouba, territórios controlados pelos israelitas que o Líbano reclama como seus.
Em áreas separadas, o movimento armado reivindicou a responsabilidade por três outros ataques com mísseis contra duas posições e uma "força de infantaria" nas proximidades de um quartel, bem como uma quinta acção não especificada contra uma "congregação de soldados sionistas inimigos".
O Hezbollah afirmou que alguns dos ataques de hoje provocaram baixas nas fileiras do exército israelita, e detalhou que um deles foi em resposta ao alegado "ataque" de sexta-feira à noite contra civis e jornalistas, pertencentes a uma equipa de imprensa iraniana, durante o qual um cidadão iraniano foi morto.
As Forças Armadas israelitas informaram que a sua aviação atacou hoje a infraestrutura militar do grupo xiita libanês Hezbollah no Líbano.
Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Exército israelita precisou que estes bombardeamentos ocorreram em resposta à tentativa do Hezbollah, na sexta-feira, de lançar foguetes contra território israelita, que acabaram por atingir a vizinha Síria.
A troca de disparos entre Israel e o Hezbollah começou um dia depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado solo israelita, em 07 de Outubro, causando 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns que foram levados para a Faixa de Gaza.
No dia seguinte, começaram as hostilidades entre o Exército israelita e o Hezbollah, na fronteira entre Israel e o Líbano.
Estes incidentes fizeram pelo menos 63 mortos até agora: 06 em Israel - 05 soldados e um civil - e pelo menos 57 no Líbano, incluindo 08 civis - entre eles um jornalista da agência Reuters -, 43 membros do Hezbollah e 06 membros de milícias palestinianas.
Nos últimos dias, a organização xiita libanesa reconheceu um número significativo de vítimas nas suas fileiras, 43.
Esta semana, os líderes do Hamas e da Jihad islâmica da Palestina reuniram-se em Beirute com o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, cujo grupo é apoiado pelo Irão.
A escalada aumentou os receios de que o Líbano se possa tornar uma segunda frente na guerra entre Israel e as milícias de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contactos a nível nacional e internacional para tentar contê-la.