Israel e Hezbollah libanês mantêm troca de ofensivas na fronteira

PorExpresso das Ilhas, Lusa,25 jan 2024 8:07

O exército israelita e o grupo xiita libanês Hezbollah mantiveram hoje uma troca de ofensivas na fronteira entre Israel e Líbano, onde as tensões, que escalaram devido à guerra na Faixa de Gaza, são cada vez mais elevadas.

"A artilharia das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) e os caças da Força Aérea realizaram ataques combinados contra vários locais militares do Hezbollah e infraestruturas terroristas na área de Yaroun, no sul do Líbano", referiu um porta-voz destas forças.

Além disso, as tropas israelitas "actuaram contra ameaças vindas de diversas áreas do sul do Líbano com ataques de artilharia e morteiros ao longo do dia", acrescentou.

Por seu lado, o Hezbollah assumiu a responsabilidade por dois ataques, um na área de Bayad Blida e outro com mísseis em Al Samaqa, uma cidade disputada nas Colinas de Golã.

Estes ataques ocorreram "em apoio ao firme povo palestiniano na Faixa de Gaza e em solidariedade com a sua resistência corajosa e honrada", segundo um comunicado do grupo xiita.

A fronteira entre Israel e o Líbano vive o seu maior pico de tensão desde a guerra de 2006, com uma intensa troca de ofensivas durante três meses que custou a vida a pelo menos 226 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 164 mortes, algumas destas na Síria.

Em Israel, 18 pessoas morreram na fronteira norte, 12 soldados e 6 civis, enquanto no Líbano morreram pelo menos 208 pessoas, incluindo cerca de 20 membros de milícias palestinianas, um soldado e 23 civis -- entre estes três crianças e três jornalistas -- além de milicianos do Hezbollah.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, matando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo as autoridades locais tuteladas pelo Hamas, já foram mortas mais de 25.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes.

O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,25 jan 2024 8:07

Editado porAndre Amaral  em  20 out 2024 23:25

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