"A artilharia das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) e os caças da Força Aérea realizaram ataques combinados contra vários locais militares do Hezbollah e infraestruturas terroristas na área de Yaroun, no sul do Líbano", referiu um porta-voz destas forças.
Além disso, as tropas israelitas "actuaram contra ameaças vindas de diversas áreas do sul do Líbano com ataques de artilharia e morteiros ao longo do dia", acrescentou.
Por seu lado, o Hezbollah assumiu a responsabilidade por dois ataques, um na área de Bayad Blida e outro com mísseis em Al Samaqa, uma cidade disputada nas Colinas de Golã.
Estes ataques ocorreram "em apoio ao firme povo palestiniano na Faixa de Gaza e em solidariedade com a sua resistência corajosa e honrada", segundo um comunicado do grupo xiita.
A fronteira entre Israel e o Líbano vive o seu maior pico de tensão desde a guerra de 2006, com uma intensa troca de ofensivas durante três meses que custou a vida a pelo menos 226 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 164 mortes, algumas destas na Síria.
Em Israel, 18 pessoas morreram na fronteira norte, 12 soldados e 6 civis, enquanto no Líbano morreram pelo menos 208 pessoas, incluindo cerca de 20 membros de milícias palestinianas, um soldado e 23 civis -- entre estes três crianças e três jornalistas -- além de milicianos do Hezbollah.
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, matando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.
Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo as autoridades locais tuteladas pelo Hamas, já foram mortas mais de 25.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes.
O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.