Com o termo "neutralizados", os militares turcos referem-se a milicianos mortos em combate, feridos, capturados ou que se renderam, sem especificarem.
Os combates no norte do Iraque têm sido particularmente intensos desde a passada sexta-feira, quando milicianos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia, atacaram um posto avançado turco na região montanhosa.
Nos combates, que segundo Ancara foram desencadeados pelo ataque, 12 soldados turcos foram mortos, enquanto a Turquia conseguiu "neutralizar" 59 supostos guerrilheiros curdos.
A força aérea turca também efetuou vários bombardeamentos no norte da Síria contra as infraestruturas das Unidades de Proteção Popular (YPG), uma milícia curda que a Turquia considera o ramo local do PKK e classifica como terrorista.
Ao contrário do PKK, que é classificado como grupo terrorista não só por Ancara, mas também pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, as YPG não são assim consideradas a nível internacional e recebem apoio de Washington para a luta contra os movimentos 'jihadistas' sírios, incluindo o grupo Estado Islâmico (EI).
Desde o início do ano, as forças turcas, que com o apoio das milícias locais controlam várias zonas do norte da Síria, "neutralizaram" 1.502 supostos membros das YPG na região, 27 dos quais na última semana, segundo o porta-voz do Ministério da Defesa da Turquia.
Na terça-feira, as autoridades turcas afirmaram ter destruído cerca de 50 instalações nas zonas de Qamishli, Amuda e Kobani, no norte da Síria, onde se fabricavam armas, explosivos, vestuário e artigos de uso diário para as milícias curdas.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma organização não-governamental síria com sede em Londres, informou que oito civis foram mortos nestes ataques, enquanto o número de mortos em ataques turcos na Síria desde o início do ano é de 93.