A maioria das vítimas mortais registou-se na cidade de Wajima, com 39 mortes, e na de Suzu, com 23. As restantes foram registadas em Nanao, Anamizu, Noto, Hukui e Shika.
Mais de 300 pessoas ficaram feridas, 20 delas em estado grave, segundo a televisão NHK, que refere que as autoridades voltaram a alertar para o facto de o número de mortos poder ser superior, uma vez que muitas pessoas continuam presas nos escombros após o desmoronamento de dezenas de casas e avisaram que a situação poderá agravar-se nos próximos dias devido às chuvas.
Algumas áreas ficaram instáveis devido ao terramoto, que ocorreu na segunda-feira às 16:10 locais (06:10 em Cabo Verde), que atingiu uma magnitude de 7,5 na escala de Richter segundo o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS) e 7,6 de acordo com a JMA.
O presidente da Câmara de Wajima, Shigeru Sakaguchi, afirmou que, nas últimas horas, foi confirmada a morte de mais sete pessoas na zona, enquanto as autoridades locais de Anamizu afirmaram que, de momento, ainda não foram encontradas seis pessoas.
As contínuas réplicas, os destroços nas estradas e as estradas danificadas estão a dificultar as operações de salvamento para encontrar sobreviventes.
O governador de Ishikawa, Hiroshi Hase, afirmou que as estradas foram encerradas em grandes áreas devido a deslizamentos de terras ou fissuras, enquanto no porto de Suzu "vários" barcos se viraram.
"Continuaremos a trabalhar arduamente para compreender as necessidades no terreno e continuar a responder da melhor forma possível, incluindo o reforço da distribuição de bens e a segurança das infraestruturas. Como as réplicas continuam a ocorrer, pedimos a todos os cidadãos e residentes da prefeitura que exerçam a máxima vigilância", escreveu Hase na cinta pessoal na rede social X (ex-Twitter).
Na quarta-feira, o Ministério do Território do Japão afirmou num comunicado que cerca de 100 hectares na província de Ishikawa foram inundados pela subida do nível do mar devido ao terramoto.
A estimativa baseia-se em imagens aéreas obtidas por um helicóptero de salvamento da província e mostra os efeitos do forte terramoto nas cidades de Suzu e Noto. Entre as zonas mais inundadas encontra-se o porto de Iida, em Suzu.
Por seu lado, as autoridades sanitárias japonesas anunciaram que as pessoas afetadas pelo terramoto poderão ter acesso a medicamentos essenciais sem necessidade de receita médica, medida que será aplicada nos casos em que é particularmente difícil aceder aos centros de saúde.