A resolução, divulgada esta quinta-feira pela estação CNN, foi apresentada por um membro do RNC e, se for aceite, daria a Trump acesso a recursos económicos, logísticos e informações partidárias, uma vantagem importante sobre a sua rival nas primárias, Nikki Haley.
Esta decisão quebraria a neutralidade do partido durante o processo das primárias, noticiou a agência Efe.
Apesar disso, Trump ainda teria de conseguir a maioria dos delegados em disputa durante o processo, para ser nomeado como candidato na Convenção Nacional Republicana que se realizará em Julho em Milwaukee (Wisconsin).
Entre as primárias da semana passada em Iowa e as primárias desta terça-feira em New Hampshire, Trump conquistou 32 delegados, enquanto Haley obteve 17.
Na Convenção Nacional Republicana, 1.215 delegados marcam a maioria.
A porta-voz da campanha de Haley, Olivia Perez-Cubas, questionou, em comunicado divulgado pela CNN, qual a importância de uma determinação do RNC.
"Vamos deixar milhões de eleitores republicanos em todo o país decidirem quem deve ser o candidato. O nosso partido, não um grupo de burocratas de Washington", frisou.
A presidente do RNC, Ronna McDaniel, já tinha adiantado à estação Fox News na semana passada que os republicanos devem unir-se em torno "do eventual candidato, que será Donald Trump".
Donald Trump tornou-se o primeiro candidato republicano que sem estar em funções na Casa Branca ganhou as duas primeiras eleições primárias, com a vitória em New Hampshire, na terça-feira, mas continuará a ter concorrência.
Apesar de a sua margem de vitória para a única adversária, a ex-embaixadora Nikki Haley, ter sido apenas de 12 pontos percentuais (55 por cento contra 43 por cento), o facto de este estado permitir a votação a eleitores independentes provou que o ex-Presidente não tem apenas capacidade de influência dentro do seu partido.
Contudo, a derrota de Haley (que também já tinha ficado em terceiro lugar no Iowa) não foi suficiente para a demover de continuar na corrida das primárias republicanas, prometendo apostar todas as fichas na próxima etapa, marcada para o início de Fevereiro na Carolina do Sul, onde já foi governadora (2011-2017).
Do lado democrata, em New Hampshire, o nome do principal candidato, Joe Biden, não apareceu nos boletins de voto, após a sua decisão de querer empurrar o primeiro confronto das primárias para a Carolina do Sul, mas mesmo assim conseguiu "vencer" as eleições.
Os apoiantes do Presidente em exercício acabaram por escrever à mão o nome de Biden nos boletins de voto e os seus únicos adversários ficaram a muita distância das intenções de voto dos eleitores, com o congressista do Minnesota Dean Phillips a recolher apenas 20 por cento dos votos e a escritora Marianne Williamson a conseguir apenas cinco por cento dos votos.
Contudo, nem este sinal parece estar a animar a equipa de campanha de Biden, que continua preocupada com os baixos índices de popularidade do Presidente, quando as sondagens indicam que Trump o pode vencer a nível nacional nas eleições de 05 de Novembro.