"[Os membros do Hezbollah] usam o PCC do Brasil, Primeiro Comando Capital, usam organizações argentinas e paraguaias que fazem sequestros, roubos ou traficam droga. E eles compram e lavam dinheiro", sustentou Bullrich no Encontro Nacional da Empresa (ENADE) 2024, em Santiago do Chile.
Bullrich sustentou que "usam essas organizações como organizações de fachada, e apresentam-se como comerciantes ou empresários da região", embora não tenha insistido na presença do Hezbollah no Chile, como afirmou na semana passada.
"E é talvez por isso que nós, argentinos, temos uma sensibilidade especial, porque na semana passada o nosso mais alto tribunal criminal acabou de emitir uma decisão dizendo que o Irão atuou na Argentina como Estado terrorista. E que o seu instrumento foi o Hezbollah", comentou.
"Mas o mesmo pode estar a acontecer com outras organizações, que estão a aparecer com um nível de sofisticação e planeamento típico de antecedentes ligados às Forças Armadas", acrescentou.
Recorde-se que o Chile apresentou uma nota de protesto contra as declarações da ministra da Segurança argentina sobre a alegada presença do Hezbollah na cidade de Iquique, no norte do país.
Esta acção juntou-se à carta que o embaixador chileno nos Estados Unidos, Juan Gabriel Valdés, enviou ao Congresso norte-americano para expressar o seu incómodo com as declarações do senador Republicano Marco Rubio, que também sugeriu que existe no Chile uma presença do Hezbollah e ligações àquele movimento, um dos principais aliados do Irão.