"É uma decisão absolutamente lógica. De facto, penso que demoraram demasiado tempo a tomá-la", afirmou Moussa Faki Mahamat num vídeo, publicado na sua conta da rede social X (antigo Twitter), que faz parte de uma entrevista à televisão Doha News do Qatar.
"Está a ser feita uma tentativa de destruir um povo e uma nação e isso não é aceitável", acrescentou Mahamat em Doha, onde decorre o Fórum de Segurança Global 2024.
A União Africana (UA) condenou desde o início a ofensiva de Israel em Gaza, manifestando a sua "preocupação" com as "mortes em massa e a destruição sistemática das condições de vida humanas".
Mahamat reiterou várias vezes a solidariedade da organização pan-africana "com o povo palestiniano e a sua legítima procura de um Estado independente e soberano com Jerusalém Oriental como capital".
O procurador principal do TPI, o britânico Karim Khan, anunciou na segunda-feira que tinha solicitado ao tribunal a emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.
Do lado do Hamas, foram pedidos mandados de captura para o líder do grupo extremista, Ismail Haniyeh, o chefe em Gaza, Yahya Sinwar, e o comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Al-Masri, também conhecido por Deif.
A decisão do procurador foi anunciada numa altura em que o número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassa já os 35.500 e em que o exército israelita intensifica a sua ofensiva no enclave, após mais de sete meses de guerra.