ONG alemã alerta para novos cortes no financiamento da luta contra a fome

PorExpresso das Ilhas, Lusa,16 jul 2024 14:13

A ONG alemã Welthungerhilfe (Ajuda Mundial contra a Fome) advertiu hoje contra novos cortes no financiamento da luta contra a fome e a pobreza, e chamou a atenção em particular para a catástrofe no Sudão.

O presidente da Welthungerhilfe, Marlehn Thieme, sublinhou, por ocasião da apresentação do relatório anual da organização, que a cooperação para o desenvolvimento não só tornou possível uma vida melhor para milhões de pessoas, como também é um garante de estabilidade e segurança.

Thieme aludiu ao atual projecto de orçamento do Governo alemão, que "envia o sinal errado às pessoas que, apesar de todas as probabilidades, não desistem e querem fazer a diferença para as suas famílias e comunidades".

Numa declaração divulgada pela ONG, Thieme deu o exemplo dos programas de formação para os jovens, salientando que estes oferecem perspetivas de obtenção do seu próprio rendimento, e sublinhou que as raparigas e as mulheres, em particular, beneficiam destas novas oportunidades.

"Os cortes previstos põem em causa programas bem-sucedidos de combate à fome que o Governo alemão tem apoiado até à data, o que reconhecemos expressamente", acrescentou.

Ao mesmo tempo, a ONG chamou a atenção para a situação humanitária catastrófica no Sudão, onde se regista a maior crise de fome do mundo após 15 meses de guerra.

"Perante as numerosas situações de emergência em todo o mundo, o destino das pessoas no Sudão corre o risco de ser esquecido. Precisamos urgentemente de mais pressão política sobre as partes beligerantes e os seus apoiantes para pôr fim aos combates e permitir o livre acesso às pessoas que sofrem de fome", exigiu, por seu lado, Mathias Mogge, diretor executivo da Welthungerhilfe.

Em 2023, a ONG angariou 87,7 milhões de euros em donativos e 266,5 milhões de euros em subsídios institucionais e atribuiu um total de 323,2 milhões de euros diretamente a 630 projectos no estrangeiro, beneficiando cerca de 16,4 milhões de pessoas em 36 países.

Tal como no ano anterior, os projetos mais financiados foram o Sudão do Sul, a Ucrânia, a Síria e a Turquia.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,16 jul 2024 14:13

Editado porAndre Amaral  em  17 out 2024 23:25

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