A investigação deste acidente foi "completamente concluída", de acordo com a Fars, que citou uma fonte de segurança.
"As agências de segurança e de inteligência concluíram as suas investigações detalhadas e é absolutamente certo que o que aconteceu foi um acidente", destacou a mesma fonte.
Segundo a agência noticiosa, a investigação atribui o acidente às más condições meteorológicas e à incapacidade do helicóptero de ganhar altitude, carregado com mais passageiros do que os exigidos pelos protocolos de segurança.
A bordo seguiam mais dois passageiros do que o esperado, segundo a investigação.
Já o Estado-Maior das Forças Armadas iranianas "negou veementemente" as informações avançadas pela agência de notícias sobre a sobrecarga do aparelho.
"O que é referido nas informações da Fars sobre a presença de [mais] duas pessoas no helicóptero, em violação dos protocolos de segurança, é completamente falso", destacou o Estado-Maior, num comunicado divulgado pelo 'site' da televisão estatal iraniana.
As forças iranianas advertiram ainda os meios de comunicação social contra a "publicação de informações relativas à defesa e segurança".
A investigação afastou, de acordo com a Fars, a possibilidade de "bloqueio e ataque aos sistemas electrónicos" do dispositivo.
"Não foram encontrados vestígios de agentes químicos ou substâncias nocivas durante a investigação", frisou ainda a agência.
Em Maio, os militares iranianos afirmaram também não ter encontrado qualquer indício de actividade criminosa que pudesse ter provocado a queda do helicóptero, que transportava o presidente e outras sete pessoas, incluindo o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian.
O falecido presidente, de 63 anos, regressava da inauguração de uma barragem na fronteira com o Azerbaijão quando o helicóptero caiu, a 19 de Maio, na região montanhosa do noroeste do país, debaixo de chuva e nevoeiro espesso.
O Parlamento iraniano deu esta quarta-feira o seu voto de confiança a todos os ministros propostos pelo novo Presidente do Irão, o reformista Masud Pezeshkian, para um governo de unidade nacional com figuras conservadoras e moderadas.
O actual chefe de Estado foi eleito em 05 de Julho na segunda volta das presidenciais realizadas após a morte de Ebrahim Raisi.
Uma vez aprovado o Conselho de Ministros, Pezeshkian enfrenta agora o desafio de governar o país quando há grandes tensões nacionais e internacionais, como o descontentamento da população devido à falta de liberdades e à má situação económica, o conflito em Gaza, e o mau relacionamento com o Ocidente e a Europa devido ao seu apoio à Rússia.