"Continuamos a rezar pela paz. Infelizmente, nas frentes de guerra, a tensão é muito grande. Que seja ouvida a voz das pessoas que pedem a paz", disse o Papa, citado pela agência de notícias espanhola Efe.
Francisco pediu para que "os mártires da Ucrânia, da Palestina, de Israel, de Myamar e de tantos países que estão em guerra" não sejam esquecidos e apelou a que se reze pela paz.
O apelo aconteceu numa altura em que Israel consolida uma segunda frente de guerra com os seus ataques diários no norte contra alvos do Hezbollah no Líbano e prossegue sem tréguas a sua ofensiva no sul contra o Hamas em Gaza, onde mais de 41.400 palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças, foram mortos.
"Quantas pessoas sofrem e morrem por causa das lutas pelo poder! São vidas que o mundo rejeita, tal como rejeitou Jesus. Quando foi entregue nas mãos dos homens, não encontrou um abraço, mas uma cruz", afirmou o Papa durante o Angelus.
O líder da Igreja Católica manifestou ainda tristeza com o assassinato de Juan António Lopez: "Junto-me ao luto desta Igreja e condeno todo o tipo de violência".
E acrescentou: "Estou próximo de todos aqueles que veem os seus direitos fundamentais esmagados e de todos aqueles que se comprometem com o bem comum em resposta ao grito dos pobres da terra".
López, que era vereador no município caribenho de Toca pelo partido Libertad y Refundación (Libre), foi assassinado apesar de ter medidas cautelares da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) desde 2023.
O ambientalista lutava em defesa do rio Guapinol e continuava a ser ameaçado por proteger o parque nacional Botaderos 'Carlos Escaleras Mejía'.