Scholz promete agir contra os "que querem semear o ódio" após ataque com cinco mortos em Magdeburgo

PorExpresso das Ilhas, Lusa,21 dez 2024 13:14

O chanceler alemão, Olaf Scholz, prometeu hoje “medidas contra aqueles que querem semear o ódio”, na sequência do ataque a um mercado de Natal em Magdeburgo, que fez cinco mortos e mais de 200 feridos, segundo um novo balanço.

"É importante, enquanto país, que nos mantenhamos unidos,  que falemos uns com os outros", afirmou o Chanceler no local da tragédia, na sequência da qual foi detido um suspeito de origem saudita.

"Não deixaremos passar aqueles que querem semear o ódio", acrescentou.

Ao lado do chanceler, o chefe do governo regional, Reiner Haseloff, anunciou que o número de mortos tinha aumentado.

"Entretanto, já perdemos cinco vidas. E mais de 200 feridos, muitos deles graves e muito graves. E esta é uma dimensão que nenhum de nós poderia ter imaginado", declarou.

Olaf Scholz demonstrou "muita preocupação" por quase "40 pessoas feridas com tanta gravidade".

Referindo-se a uma "catástrofe terrível", prestou homenagem às vítimas deste acto "terrível" e "louco".

Scholz agradeceu também aos serviços de emergência e à polícia que detiveram o presumível autor do ataque, um médico de 50 anos, da Arábia Saudita, que exercia a sua atividade numa pequena cidade não muito longe de Magdeburgo.

Os motivos do autor do ataque permanecem pouco claros. Não era conhecido pelas suas simpatias pelo movimento jihadista e, pelo contrário, o seu perfil mostra-o como apoiante do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ou de Elon Musk.

"Agora é importante esclarecer as coisas. E que isso seja feito de forma precisa e exata", disse Olaf Scholz.

"Temos de perceber exatamente quem é o autor do crime, o que fez e porquê, para podermos reagir com as necessárias consequências penais. E é isso que vamos fazer", prometeu.

Taleb A. chegou à Alemanha em 2006, como estudante, e obteve asilo em julho de 2016, depois de ter sido ameaçado de morte por se ter afastado do Islão.

Viveu e trabalhou como psiquiatra em Bernburg, uma pequena cidade de 32.000 habitantes, na margem do rio Saale, entre Magdeburg e Halle.

Como activista, informava e aconselhava mulheres sauditas sobre as possibilidades de fugirem do seu país, e tinha uma página na 'internet' com informações sobre o sistema alemão de asilo.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,21 dez 2024 13:14

Editado pormaria Fortes  em  21 dez 2024 15:48

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