Advogados de Yoon citam precedente de Trump para alegar imunidade

PorExpresso das Ilhas,3 jan 2025 14:47

Os advogados do presidente sul-coreano argumentaram no Tribunal Constitucional que Yoon Suk-yeol deveria ter imunidade no processo de destituição por declarar lei marcial, alegando decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos sobre Donald Trump.

Num documento apresentado ao Tribunal Constitucional, os advogados defendem que Yoon exerceu o seu poder presidencial para lidar com uma "situação de emergência nacional", ao declarar a lei marcial a 03 de dezembro.

"Uma vez que a lei marcial foi revogada no espaço de seis horas, não restringiu os direitos básicos do povo", lê-se no documento, que refere que "a normalidade foi completamente restaurada, pelo que não há necessidade de julgar a declaração em si".

Os advogados referem a decisão do Supremo Tribunal dos EUA, de julho de 2023, que afirmou que o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) não poderia ser processado por ações que estavam dentro dos seus poderes constitucionais enquanto chefe de Estado.

A decisão anulou a decisão de um tribunal de primeira instância que rejeitou a imunidade de Trump de múltiplas acusações criminais, incluindo as tentativas de anular a vitória do seu rival democrata, Joe Biden, nas eleições presidenciais de 2020, e a instigação aos ataques ao Capitólio em janeiro de 2021.

Yoon alega que a sua declaração do estado de emergência foi um ato de governação perante as ações contra o Estado por parte da oposição no Parlamento, pelo que não deve ser julgado por esse motivo.

O Tribunal Constitucional sul-coreano marcou hoje a primeira audiência do julgamento contra Yoon para 14 de janeiro.

O tribunal tem seis meses para determinar se o Presidente violou ou não a Constituição, ao declarar a lei marcial, e se deve ser reintegrado ou destituído permanentemente.

Yoon, que foi destituído pelo Parlamento a 14 de dezembro, está também a ser investigado por um alegado crime de insurreição, por declarar a lei marcial.

No entanto, os procuradores não conseguiram deter o Presidente para interrogatório hoje (Yoon já ignorou três intimações para testemunhar), devido à obstrução do serviço de segurança presidencial na sua residência em Seul.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Expresso das Ilhas,3 jan 2025 14:47

Editado porSara Almeida  em  4 jan 2025 6:32

pub.

pub
pub.
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.