Em 7 de Fevereiro, o Presidente dos EUA assinou uma ordem executiva, que formaliza uma decisão já anunciada, e que visa congelar a assistência à África do Sul, devido a uma lei que a Casa Branca diz que discrimina a minoria branca no país.
"Enquanto a África do Sul continuar a apoiar os maus actores no palco mundial e a permitir ataques violentos a agricultores inocentes de minorias desfavorecidas, os Estados Unidos suspenderão a ajuda e a assistência ao país", declarou a Casa Branca, resumindo a ordem executiva.
A decisão da administração liderada por Donald Trump surge em resposta a uma nova lei na África do Sul que dá ao Governo poderes para, em alguns casos, expropriar terras de cidadãos. A Casa Branca aponta que a lei "discrimina de forma flagrante a minoria étnica Afrikaners".
"Esta é a primeira vez que um Presidente estrangeiro defende o povo Afrikaner", apontou Walter Wobben, de 52 anos, que é proprietário de uma quinta.
Os manifestantes usavam bonés com a frase 'Make Afrikaners Great Again', fazendo alusão ao 'slogan' da campanha de Trump a Presidente dos EUA.
"Os meus tios foram brutalmente atacados. A minha tia ainda está numa cadeira de rodas. Nunca recuperou. Não consegue andar e tem danos cerebrais. Estamos a falar de duas pessoas de 80 anos", acrescentou Wobben.
Por sua vez, Rose Basson, de 64 anos, disse que só Trump deu atenção aos assassinatos que estão a decorrer nas quintas na África do Sul.
A África do Sul tem cerca de 62 milhões de habitantes e uma das taxas de homicídio mais elevadas do mundo.
Entre Fevereiro de 2023 e 2024 registaram-se 28.000 homicídios, segundo os números avançados pela polícia e citados pela Agência France Presse (AFP).