De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, estas empresas e organizações não governamentais (ONG) alertaram os responsáveis que já há bancos que estão a recusar empréstimos devido à suspensão das operações destas entidades, depois do congelamento das operações decretada pelo novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os activistas humanitários dizem também, de acordo com documentos entregues num tribunal norte-americano, que, para além da possibilidade de processos legais, os trabalhadores enfrentam também ameaças físicas devido a dívidas não pagas nos locais onde a USAID financiava operações.
A Democracy International, outra das entidades que implementa as decisões e ajudas da USAID, disse que está a enfrentar processos judiciais no estrangeiro se não conseguir pagar os salários deste mês, nomeadamente na Tunísia, onde 17 empregados se juntaram para receber os salários por via judicial.
Esta empresa disse que deve três milhões de dólares, cerca de 2,8 milhões de euros, por serviços prestados antes de 24 de janeiro, e despediu todos os 95 empregados nos EUA, enfrentando agora o risco de despejo da sua sede e pondera avançar para uma liquidação judicial.
"Na Tunísia, por exemplo, os nossos empregados estão a ser ameaçados pelos credores com violência física se não pagarem", escreveu o líder desta entidade, Eric Bjornlund, numa declaração ao tribunal, na qual conclui que os empregados "arriscam-se a ser presos ou atacados devido à sua ligação próxima com os programas da USAID que subitamente deixaram de cumprir as promessas e honrar as suas obrigações".