"O Tesouro dos Estados Unidos confirma que a Licença Geral 8L expirou no dia 12 de Março, às 00h01", destacou uma porta-voz do departamento à agência France-Presse (AFP).
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, tinha adiantado antes à estação CNBC que o seu departamento estava pronto para reforçar as sanções contra a Rússia.
"Isto faz parte do desejo do Presidente Trump de criar as condições necessárias para negociações bem-sucedidas. Ele está preparado para colocar a máxima pressão em ambos os lados", garantiu Bessent.
Esta licença permitiu que os bancos russos, mesmo os alvos de sanções, continuassem a utilizar o sistema de pagamentos norte-americano para determinadas categorias de transacções relacionadas com a energia.
Foi atribuído pelo governo do ex-presidente Joe Biden nos últimos dias da sua presidência.
O banco central russo e a antiga subsidiária do Société Générale no país, o RosBank, estão entre as instituições que foram isentas desta exigência.
O ex-presidente democrata anunciou uma nova série de restrições no final de Novembro, que visaram especificamente o sistema bancário russo, afectando nada menos do que cinquenta instituições, incluindo o Gazprombank, o braço financeiro da gigante do gás Gazprom.
Estas sanções tinham como objectivo impedir que estas instituições realizassem quaisquer novas transacções financeiras relacionadas com contratos de energia estrangeira que envolvessem o sistema financeiro americano.
O fim desta isenção torna mais difícil para os bancos russos realizarem transacções relacionadas com o sector energético, uma das principais fontes de financiamento do Estado russo.
O republicano Donald Trump, que quer chegar a um acordo rápido para a guerra na Ucrânia, propôs um cessar-fogo de 30 dias, que foi aceite pelo Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, mas considerado precipitado por Moscovo para já.
O Presidente russo Vladimir Putin disse que apoia uma trégua, mas com nuances, apontando que certas "questões importantes" devem ser resolvidas.
O chefe de Estado russo falou logo após a chegada a Moscovo do enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, cuja tarefa é convencer o Kremlin a aceitar a proposta norte-americana para tréguas na Ucrânia.