O forte sismo ocorrido hoje em Myanmar causou pelo menos 144 mortos e 732 feridos no país, segundo um balanço provisório divulgado pelo chefe da junta militar birmanesa.
Min Aung Hlaing apelou a "todos os países, todas as organizações" para que ajudem as vítimas do sismo, cujo balanço inicial era de duas dezenas de mortos em Myanmar, antiga Birmânia.
"Prevê-se que o número de mortos e feridos aumente", declarou o general Min Aung Hlaing num discurso transmitido pelos meios de comunicação social citado pela agência norte-americana AP.
Disse também que o terramoto causou uma destruição generalizada no país do Sudeste Asiático, segundo a agência francesa AFP.
Fotografias da capital, Naypyidaw, mostram vários edifícios utilizados para alojar funcionários públicos destruídos pelo terramoto e equipas de salvamento a retirar vítimas dos escombros.
O governo de Myanmar afirmou que havia uma grande procura de sangue nas zonas mais afectadas.
As imagens de estradas de Mandalay com fendas e fissuras e de auto-estradas danificadas, bem como o desmoronamento de uma ponte e de uma barragem, suscitaram mais preocupações quanto à forma como as equipas de salvamento poderiam chegar a algumas zonas do país.
Myanmar atravessa uma crise humanitária generalizada devido a uma guerra que opõe os militares a grupos de rebeldes e pró-democracia.
O sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter foi registado às 12h50 locais (06h20 em Lisboa) pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Tal como faz para todos os sismos, o USGS fez uma estimativa de vítimas, com o de hoje a registar mais de 50% de possibilidades de serem da ordem de dezenas de milhares.