No âmbito desta operação houve também detenções no Reino Unido e em França, segundo disseram à agência de notícias EFE as fontes ligadas à investigação policial e judicial, que não deram mais detalhes sobre os detidos nos outros países.
Em Barcelona, a operação centrou-se num apartamento num bairro do centro da cidade, próximo da famosa catedral da Sagrada Família, o mesmo em que em Julho de 2024 tinham sido já detidas três pessoas suspeitas de construir mais de mil drones com componentes comprados a empresas espanholas e de outros países europeus para fornecer ao Hezbollah, grupo pró-xiita libanês apoiado pelo Irão.
Segundo as fontes citadas pela EFE, esta operação tem como alvo o terrorismo islamita ligado ao Hezbollah e as detenções de hoje estão relacionadas com as que foram feitas no verão passado, em julho, em Barcelona e Badalona (cidade nos subúrbios de Barcelona).
Em 2024, a Guarda Civil (força policial espanhola semelhante à GNR portuguesa) já relacionou as detenções de então com um dispositivo logístico do Hezbollah na Catalunha.
No ano passado, depois de serem ouvidos por um juiz, dois dos detidos ficaram em liberdade (embora com obrigação de apresentação periódica às autoridades e proibição de sair de Espanha) e um ficou em prisão preventiva.
Segundo o despacho de então do juiz, citado pela EFE, o homem que ficou preso é suspeito de colaborar com o Hezbollah comprando em Espanha "materiais suscetíveis de serem transformados em armas de guerra que poderiam ser usadas contra alvos civis e militares em Israel e na Europa".
"O investigado faz parte de um grupo de pessoas de origem libanesa instaladas em Espanha e na Alemanha, relacionadas em diferentes graus com a organização terrorista Hezbollah e que, através da instrumentalização de empresas espanholas compraram uma grande quantidade de componentes e materiais cujo destino final seria o Hezbollah no Líbano", escreveu o juiz no despacho que determinou a prisão preventiva do detido em Julho de 2024 em Barcelona.
As três pessoas detidas hoje serão ouvidas na quinta-feira por um juiz.