Repetindo o desfecho da noite de quarta-feira, avançou o Globo na sua edição desta manhã, a fumaça preta saída da chaminé da Capela Sistina na manhã desta quinta-feira sinalizou que os 133 cardeais eleitores ainda não haviam chegado a um consenso sobre quem deverá ser o próximo líder da Igreja Católica.
Dom Arlindo Furtado, bispo da Diocese de Santiago de Cabo Verde, nomeado cardeal pelo Papa Francisco, afigura-se como um dos 133 cardeais eleitores que, em representação de 70 países, encontram-se neste Conclave, isolados do resto do mundo, para escolher o 267.º sucessor de Pedro, fundador da Igreja Católica Apostólica Romana.
À semelhança dos restantes cardeais, Dom Arlindo Furtado prestou juramento na quarta-feira, como cardeal eleitor no Conclave de eleição do novo Papa.
A cerimónia, de acordo com informações avançadas pela Diocese de Santiago, foi presidida pelo reitor do Colégio dos Cardeais, Giovanni Battista Re, na Basílica de São Pedro durante a Missa 'Pro Eligendo Romano Pontifice', a Missa para a Eleição do Pontífice Romano.
A votação volta nesta quinta-feira, em um ritmo-padrão que deve se repetir nos próximos dias até que o consenso seja alcançado, isto é, que um dos cardeais consiga dois terços dos eleitores, prevendo quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde.
Criado em 1274, o Conclave é envolto em sigilo, cerimónia e simbologia, em que a Capela Sistina se transforma no palco de um dos rituais mais solenes e misteriosos do catolicismo para a eleição de um novo papa.
Desde o falecimento do Papa Francisco no último dia 21, os olhos do mundo se voltam para o Vaticano, onde 133 cardeais eleitores se reúnem, desde esta terça-feira, 07, no Conclave.