Na nota, divulgada na rede social X na noite de terça-feira, a Força Aérea indicou que o chefe do Estado-Maior, Hasan Bala Abubakar, divulgou o número durante uma visita ao governador do estado de Borno, Babagana Zulum.
"A Força Aérea Nigeriana desferiu um golpe decisivo aos elementos terroristas no nordeste, matando 592 combatentes e destruindo 372 ativos inimigos em oito meses, superando já o ritmo operacional de todo o ano anterior", afirmou Abubakar.
O chefe militar atribuiu o sucesso à modernização da frota e à melhoria da capacidade de ataque noturno de precisão.
Abubakar também informou que, no âmbito da Operação Hadi Kai, foram realizadas 798 saídas de combate, com um total de 1.500 horas de voo, "o que paralisou significativamente a mobilidade e a logística dos terroristas".
Os bombardeamentos destruíram 206 veículos técnicos e 166 centros logísticos importantes dos insurgentes "em zonas profundamente hostis", acrescentou.
Além disso, Abubakar indicou que a operação incluiu bombardeamentos aéreos coordenados, de dia e de noite, em pontos-chave do estado, como Rann, Dikwa e Mallam Fatori.
Estas ações foram apoiadas por aviões A-29 Super Tucano, capazes de realizar missões de precisão e noturnas, helicópteros Mi-171 para evacuações médicas e logística, e plataformas de vigilância melhoradas para o acompanhamento contínuo dos alvos, referiu ainda o chefe do Estado-Maior da Força Aérea nigeriana.
O nordeste da Nigéria sofre ataques do grupo terrorista Boko Haram desde 2009, uma violência que se intensificou a partir de 2016 com o surgimento de sua dissidência, o Estado Islâmico da África Ocidental(ISWAP).
Os dois grupos procuram impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.
O Boko Haram e o ISWAP mataram mais de 35.000 pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do Governo e das Nações Unidas.