"Seja para obter vantagem nas negociações com os Estados Unidos ou para garantir a segurança do seu próprio regime, a Coreia do Norte continua a desenvolver mísseis balísticos intercontinentais capazes de enviar ogivas nucleares até aos Estados Unidos", declarou Lee Jae-myung, durante uma visita à Bolsa de Nova Iorque.
Embora o projecto "ainda não pareça estar concluído", salientou, "diz-se que se encontra na fase final".
Desde que assumiu o cargo em Junho, o presidente sul-coreano tem procurado melhorar as relações com a Coreia do Norte, invertendo as políticas do antecessor, Yoon Suk Yeol.
Lee afirmou em Nova Iorque que "o objectivo deve ser congelar o desenvolvimento nuclear, o desenvolvimento de ICBM [mísseis balísticos intercontinentais, na sigla em inglês] e as exportações".
A interrupção da produção e do desenvolvimento de armas nucleares traria "ganhos significativos em termos de segurança", argumentou.
O Presidente sul-coreano estimou que o regime de Kim Jong Un produz o suficiente para fabricar "cerca de 15 a 20 bombas nucleares adicionais por ano".
Se nada for feito, o seu número "continuará a aumentar a cada ano" e os mísseis "tornar-se-ão mais sofisticados", alertou.
Nos últimos anos, Kim Jong Un excluiu qualquer ideia de desnuclearização e reforçou os seus laços militares com a Rússia.
O líder norte-coreano disse estar disposto a retomar o contacto com os Estados Unidos, se estes desistirem de exigir que Pyongyang abandone o seu programa de armas nucleares, informaram no início da semana os meios de comunicação oficiais norte-coreanos.