"As principais cidades foram atingidas, as zonas altamente urbanizadas", disse o vice-diretor do Departamento de Proteção Civil, à rádio local DZMM.
Rafaelito Alejandro acrescentou que 49 das 66 vítimas mortais foram registadas na província de Cebu (centro) e 26 pessoas continuam desaparecidas.
Cidades inteiras em Cebu foram inundadas, com os habitantes a procurarem refúgio em telhados para escapar às águas barrentas que arrastaram carros, camiões e até enormes contentores, como mostram vídeos verificados pela agência de notícias France-Presse (AFP).
"Toda a água das cheias já baixou. O nosso desafio agora é remover os destroços que bloqueiam as nossas estradas", acrescentou Alejandro. No total, quase 400 mil pessoas foram retiradas preventivamente da rota do tufão, acrescentou.
O tufão Kalmaegi atingiu a costa leste do arquipélago na segunda-feira, pouco antes da meia-noite (15:00 em Lisboa), na província das ilhas Dinagat, no arquipélago de Visayas, segundo o serviço meteorológico do país.
Nas últimas 24 horas, caíram 183 milímetros de chuva na região da cidade de Cebu, muito acima da média mensal de 131 milímetros, disse à AFP a meteorologista Charmagne Varilla.
A governadora provincial Pamela Baricuatro descreveu na rede social Facebook a situação como "verdadeiramente sem precedentes". "As inundações são simplesmente devastadoras", indicou.
Às 08:00 (meia-noite em Lisboa), o tufão estava a deslocar-se para oeste através do arquipélago de Visayas, enfraquecendo ligeiramente com ventos de 120 quilómetros por hora (km/h) e rajadas de 165 km/h.
Depois de Kalmaegi, Charmagne Varilla prevê que mais três a cinco tempestades atinjam o país asiático antes do final do ano.
Por ano, cerca de 20 tempestades ou tufões atingem ou aproximam-se das Filipinas, sendo as regiões mais pobres do país geralmente as mais afetadas.
As Filipinas foram atingidas em setembro pelo tufão Ragasa e pela tempestade tropical Bualoi, ambos mortais.
De acordo com os cientistas, as alterações climáticas provocadas pela atividade humana estão a tornar os eventos climáticos extremos mais frequentes, mais mortíferos e mais destrutivos.
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