Segundo uma nota da PJ, o voo era proveniente da Guiné-Bissau, o suspeito tinha na bagagem cerca de cinco milhões de euros em numerário e a abordagem policial, em conjunto com a Autoridade Tributária, aconteceu na sequência de uma denúncia anónima.
O montante foi apreendido pelas autoridades e o detido, estrangeiro, cuja identidade não foi revelada, vai ser apresentado a tribunal para aplicação de medidas de coação.
No avião seguia ainda a mulher de Sissoco Embaló, que não foi detida, confirmou à Lusa fonte ligada à investigação.
De acordo com o comunicado da PJ, "o voo estava inicialmente classificado como sendo militar e, depois de Lisboa, seguiria para [o aeroporto de] Beja", no sul de Portugal, tendo-se posteriormente verificado que a sua natureza e o seu destino final "eram distintos" dos que tinham sido indicados às autoridades aeronáuticas.
A ação conjunta da PJ e da Autoridade Tributária, avançada pela SIC Notícias, prolongou-se durante "toda a noite e madrugada".
Um autodenominado "alto comando militar" tomou o poder na Guiné-Bissau em 26 de novembro, três dias depois das eleições gerais (presidenciais e legislativas) do país africano e um dia antes da data anunciada para a divulgação dos resultados.
A oposição e figuras internacionais têm afirmado que o golpe de Estado foi uma encenação orquestrada por Sissoco Embaló por alegadamente ter sido derrotado nas urnas, impedindo assim a divulgação de resultados e mandando prender de forma arbitrária diversas figuras que apoiavam o candidato que reclama vitória, Fernando Dias.
Entre os detidos, está Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), enquanto Fernando Dias está refugiado na embaixada da Nigéria em Bissau.
Depois de destituído, Sissoco Embaló saiu de Bissau, em 28 de novembro, para Dacar, no Senegal, e dias depois, deixou este país e foi para Brazaville, no Congo.
Em 04 de dezembro, circulava nas redes sociais a informação de que viajara, na véspera, para Marrocos.
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