O Governo de Teerão defendeu que a tomada de posição canadiana foi "contrária aos princípios fundamentais do Direito Internacional", de acordo com um comunicado.
"Em reciprocidade", o Irão "declara a Marinha Real Canadiana organização terrorista", lê-se no texto, sem especificar eventuais consequências da decisão.
O Canadá justificou a designação da Guarda Revolucionária como entidade terrorista, argumentando que o Irão "demonstra desprezo pelos Direitos Humanos" e "vontade de desestabilizar a Ordem Internacional".
Com a aquela classificação formal, Otava pôde congelar bens e processar membros daquela organização iraniana, numa clima de tensão crescente entre os dois países durante os últimos anos.
O Canadá, assim como vários outras nações, processou o Irão junto do Tribunal Internacional de Justiça para responsabilizar legalmente as autoridades iranianas pelo abate de um avião de passageiros ucraniano, em 2020.
Em 08 de Janeiro de 2020, o voo PS752 da Ukraine International Airlines, que ligava Teerão e Kiev, foi abatido logo após a descolagem, matando 176 pessoas, a maioria iranianos e canadianos.
A Guarda Revolucionária Islâmica reconheceu que o abate daquela aeronave tinha sido responsabilidade de membros das suas forças, embora afirmando que houve uma confusão, na altura, com a possibilidade de se poder tratar de um alvo hostil.
O Canadá rompeu relações diplomáticas com o Irão em 2012, descrevendo aquele país do Médio Oriente como "a ameaça mais significativa à paz mundial".
Foto: depositphotos
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