O mesmo workshop foi minis¬trado na cidade da Praia na sexta-feira (3) e teve como principal objectivo envolver os principais decisores como o Estado, o regulador económico, as instituições financeiras, a sociedade civil e procurar perceber até que ponto os consumidores dos serviços financeiros estão protegidos em Cabo Verde, identificar as fragilidades e os constrangimentos existentes e tentar identificar soluções para melhorar a situ¬ação actual.
António Silva, Presidente da ADECO, disse aos órgãos de Comunicação Social, no Mindelo, que "muitas pessoas já per¬deram bens, como casas, barcos, negócios, por não dominarem a gíria dos serviços financeiros."
Para o Presidente da ADECO a crise financeira interna decorre da falta de protecção dos consumidores dos serviços financeiros.
"Sugaram as pessoas até que elas já não tivessem mais capacidade para pagar e quando isso aconteceu o efeito da crise voltou para os bancos e eles entraram em colapso. E quando o Estado entra é para salvar os Bancos com injecções de biliões de dólares, em vez de salvar as pessoas", criticou Silva.
Para o responsável é necessário que as instituições prestadoras de serviços finan¬ceiros passem a disponibilizar ao consumi¬dor, informações fáceis de entender para que ele saiba o que está a assinar.
Na Praia o workshop contou com a pre¬sença e participação de Carlos Burgo, Go¬vernador do BCV que presidiu à sessão de abertura e também contou com a presença do Presidente da Organização de Consu¬midores da Holanda, ConsumentenBond, a maior organização de consumidores da Europa e uma das maiores do mundo.