Lancha Voadora: AN recusa levantar imunidade aos deputados convocados pelo Tribunal

PorExpresso das Ilhas,25 abr 2013 10:28

A Assembleia Nacional recusou levantar a imunidade parlamentar aos deputados constituídos testemunhas no julgamento do caso “Lancha Voadora”, tendo a audiência sido interrompida esta quinta-feira, porque a defesa prescindiu entretanto da quinta testemunha.

O Tribunal pretendia ouvir esta quinta-feira na qualidade de testemunhas os deputados da Nação, Adalberto Higino, Joana Rosa, José Filomeno Monteiro e José Maria Veiga.

Entretanto, um outro cidadão que responde por Mateus Costa constituído testemunha abonatória do arguido Paulo Ivone Pereira acabou por ser prescindido pelo advogado Félix Cardoso, por se encontrar fora da ilha de Santiago e com dificuldade de comunicação.

Segundo esclareceu o juiz-presidente deste processo, Sebastião de Pina, o julgamento do caso que terminou com a maior apreensão de sempre da droga em Cabo Verde, vai ser retomado esta sexta-feira, com a audição a uma testemunha abonatória proveniente da Holanda, em defesa de Paulo Ivone.

Na próxima semana, os dois primeiros dias segunda e terça-feira estão reservados para as alegações finais.

Referenciado pelo Ministério Público como um indivíduo com antecedentes por tráfico de drogas – ópio e cocaína – pertence a uma rede transnacional e que inclusive já foi julgado e condenado a 10 anos de prisão por este crime na Holanda, o arguido Paulo Ivone Pereira enfrenta agora novas acusações como sendo portador de documentos de identificação falsos, alegadamente aprendidos pelos elementos da Polícia Judiciária.

Na curta audiência de hoje, o juiz-presidente do colegial dos jurados esclareceu aos advogados que a acta dos julgamentos passa a estar disponível aos advogados para consultas, no Tribunal, mediante a presença das autoridades judiciais, mas mostrou-se indisponível para facultar cópias deste registo, a não ser, no final do processo.

O processo da investigação da operação Lancha Voadora culminou a 8 de Outubro de 2011 com a maior apreensão de sempre de droga em Cabo Verde: uma tonelada e meia de cocaína em estado de elevada pureza, entretanto incinerada, (avaliada em seis bilhões de escudos cabo-verdiano).

Foram ainda apreendidos neste operação milhares de euros e outras moedas, milhões de escudos cabo-verdianos em notas, cinco viaturas topo de gama, três jipes, duas "pick-up", uma "moto-quatro" e várias armas e munições, avultadas contas bancárias congeladas e confiscas de imóveis diversos aos arguidos.

Neste processo, são arguidos o antigo presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Veríssimo Pinto, que assim como Paulo Pereira, Quirino dos Santos, Carlos Gomes Silva, António "Totony" Semedo, Luís Ortet, Ernestina "Nichinha" Pereira e Ivone de Pina Semedo, se encontra sob prisão preventiva na Cadeia de São Martinho, na capital.

Nilton Jorge, Sandro Spencer, Nerina Rocha, José "Djoy" Gonçalves, Jacinto Mariano, José Teixeira e José Alexandre Oliveira aguardam julgamento em liberdade.

São também arguidas várias empresas cabo-verdianas ligadas directas ou indirectamente aos acusados: Editur, ImoPraia, AutoCenter, Aurora Internacional e TecnoLage, todas com sede na Cidade da Praia.

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Autoria:Expresso das Ilhas,25 abr 2013 10:28

Editado porElsa Vieira  em  25 abr 2013 16:37

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