A delegada do Ministério do Desenvolvimento Rural de Santa Cruz, Cândida Cardoso, aconselhou hoje a população a fazer o uso controlado da dita “milagrosa planta moringa”, alegando que esta também tem as suas contra-indicações.
Segundo a responsável, as pesquisas indicam que o consumo da moringa sem indicações “pode conduzir a problemas cardíacos” e a sua administração de uma “forma descontrolada” poderá aumentar a produção de glóbulos vermelhos, o que deixará o indivíduo “mais propenso” a um acidente vascular cerebral (AVC).
Informou que a moringa baixa também de “forma brusca” a glicemia, e as pessoas que consomem a planta têm estado a demonstrar alguma sonolência, pelo que aconselha a “consumir sim” mas “não de uma forma exagerada” e sempre com indicações.
Cândida Cardoso declarou que o Viveiro do Sarrado, propriedade da delegação do MDR, está a preparar em “grande escala” a plantação da moringa e a elaboração de um folheto informativo com indicações de como fazer a cultivação e quais os cuidados que se deve ter para com a planta.
A mesma fonte sublinhou ser “muito importante” a informação sobre a procedência da planta moringa, bem como de qualquer outra planta que é usada na medicina popular.
“Aquela moringa que é tirada no separador das estradas, na Rua Pedonal do Platô, e também aquela que apanhámos nos arredores das lixeira, não irá fazer bem a nossa saúde porque ela tem concentração de metais, (…) e esta planta está suja e as suas propriedades benéficas acabam por morrer, portanto atenção”, alertou.
Face ao consumo que se faz neste momento da referida planta, recentemente o Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) procedeu o lançamento do Projecto “ Uma família uma planta de Moringa”.
Neste sentido, a responsável da delegação do MDR avisou ainda que para se encontrar os nutrientes na planta deve-se deixá-la crescer, sendo a idade certa para a colheita das folhas da moringa a partir de quatro meses.