Acusação a militar suspeito de mortes em Cabo Verde ainda não foi formalizada

PorExpresso das Ilhas,10 mai 2016 17:45

A acusação ao soldado suspeito da morte de 11 pessoas num posto militar em Cabo Verde ainda não foi formalizada, nem constituído advogado, disse à agência Lusa fonte da defesa, que está a ser assumida pelo defensor oficioso militar.

 

De acordo com a fonte, o processo de António Silva Ribeiro está em investigação pelo comando da 3ª Região Militar de Cabo Verde, que tem 90 dias para instruir e remeter o processo ao Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, que posteriormente o enviará ao Tribunal Militar.

A família do soldado, que se encontra em prisão preventiva no estabelecimento prisional militar, na cidade da Praia, não contratou até ao momento um advogado para assegurar a defesa do jovem.

Fonte da família disse à agência Lusa que até ao momento não foi possível recorrer a um advogado civil por falta de meios financeiros.

Por isso, a defesa está a ser assumida pelo defensor oficioso junto do Tribunal Militar, que não tem formação jurídica, situação que é permitida pela justiça militar.

Ressalvando que o processo se encontra em segredo de justiça, a fonte da defesa disse à Lusa, que o jovem já foi sujeito a "alguns interrogatórios" e garantiu que todos os seus direitos estão a ser respeitados.

Questionado sobre se o militar foi sujeito a alguma avaliação psicológica, a fonte adiantou que tal está previsto, mas não soube precisar se já aconteceu.

Disse ainda acreditar que a família vai constituir um advogado civil, mas assegurou que se tal não acontecer irá assumir a defesa de António Silva Ribeiro durante o julgamento e que se for necessário poderá ter assessoria técnica para se preparar para um caso "inédito e exigente" no contexto da justiça militar em Cabo Verde.

Fonte da família adiantou ainda que não conseguiu visitar António Silva Ribeiro na cadeia por causa das investigações que ainda decorrem e que foram informados que no prazo de 30 dias a partir da formalização da prisão preventiva, o detido não tem direito a visitas.

A mesma fonte disse que, segundo informações fornecidas pelas Forças Armadas, o detido está "bem e a ser bem tratado".

António Silva Ribeiro, 22 anos, mais conhecido por "Entany", é suspeito da morte de 11 pessoas - oito militares e três civis, incluindo dois cidadãos espanhóis - no destacamento de Monte Txota, na localidade de Rui Vaz, interior da ilha de Santiago.

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Autoria:Expresso das Ilhas,10 mai 2016 17:45

Editado porAndré Amaral  em  10 mai 2016 17:47

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