Os dados são do Novo Atlas da Língua Portuguesa, a ser lançado esta terça-feira pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) em edição bilingue, e que quer ser “um cartão-de-visita” da língua e da comunidade dos países lusófonos.
Segundo o site do jornal Público, se as projecções demográficas das Nações Unidas vierem a confirmar-se, o número de falantes de português no mundo aumentará substancialmente - serão 387 milhões em 2050 e 487 milhões no final do século, e a maioria será africano.
Estes dados são apontados como os mais surpreendentes do Novo Atlas da Língua Portuguesa organizado pelo ISCTE, que será lançado esta tarde no Palácio das Necessidades, em Portugal.
O livro está publicado em edição bilingue português-inglês, e pretende funcionar como um cartão-de-visita do português e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) à atenção de um mundo onde o português está a expandir-se, sendo já hoje a quarta língua mais falada (atrás do mandarim, do espanhol e do inglês) e a quinta mais utilizada na Internet, depois do inglês, do chinês, do espanhol e do árabe.
“Mais do que uma obra académica, quisemos fazer um livro de divulgação e afirmação da língua portuguesa em termos globais, e daí termos optado por uma edição bilingue português-inglês”, diz, citado pelo Público, Luís Antero Reto, reitor do ISCTE e co-autor deste atlas com outros dois professores e investigadores do Instituto, o sociólogo Fernando Luís Machado e o economista José Paulo Esperança.
“Faltava um livro que funcionasse como um cartão-de-visita da língua portuguesa e da CPLP no mundo”, acrescenta Luís Reto ao Público.
O reitor do ISCTE lançou em 2012 o volume Potencial Económico da Língua Portuguesa e prepara agora, com a sua equipa do Instituto, uma nova obra, cujo título provisório é Português, Língua Global: Economia e Política de Língua.
O Novo Atlas da Língua Portuguesa, editado em colaboração com o Instituto Camões, está dividido em grandes temas, da história da língua à sua geografia e demografia, do ensino do português no mundo à expressão económica dos países de língua portuguesa, do português como língua de cultura, ciência ou negócios à sua presença na Internet. Outro tópico investigado é o das migrações humanas nos países lusófonos.