Detenção de médicos: Hospital Baptista de Sousa apresenta queixa ao Conselho Superior de Magistratura Judicial

PorLourdes Fortes,3 out 2017 17:17

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Injusta, indigna e completamente desnecessária. É assim que a directora do Hospital Baptista Sousa (HBS), em São Vicente, classifica a detenção de três médicos, ontem de manhã, acusados pelo juiz Antero Tavares de desobediência civil.

Injusta, indigna e completamente desnecessária. É assim que a directora do Hospital Baptista Sousa (HBS), em São Vicente, classifica a detenção de três médicos, ontem de manhã, acusados pelo juiz Antero Tavares de desobediência civil.

 

Jamira Sousa, Aristides da Luz e Suzete Ramos foram detidos por alegada desobediência a uma decisão judicial. Para Ana Brito, que falava em conferência de imprensa, realizada esta tarde, na biblioteca do hospital, houve abuso e demonstração excessiva de poder por parte do magistrado.

“Um atentado contra a dignidade de médicos que têm de ser entendidos, não como criminosos, mas como pessoas do bem”.

 

 

O hospital já endereçou uma queixa ao Conselho Superior de Magistratura Judicial, “para que se apreciem os factos e a sua legalidade”, afirma Ana Brito.

A directora do Hospital Baptista Sousa garante que o episódio desta segunda-feira não coloca em causa a relação de cooperação existente entre as duas instituições, mas sublinha que deve haver respeito para com a classe.

 

Ordem solidária

Também a ordem dos médicos em São Vicente reagiu hoje ao sucedido. José d'Aguiar, presidente do conselho directivo regional, condena aquilo que classifica de “lamentável incidente”, "na certeza de que os médicos visados não tiveram qualquer comportamento ou postura que pudesse comprometer a sua conduta profissional”.

 

 

D'Aguiar alerta para a necessidade de, no futuro, as decisões do género serem tomadas após adequada ponderação.

“De forma a evitar a aplicação de medidas extremas que conduzam a exposições públicas evitáveis e que podem afectar a imagem e o bom nome das instituições e dos profissionais envolvidos”.  

A Ordem dos Médicos “congratula-se” com o desfecho expectável, a libertação dos médicos e encerramento do caso.

Ontem, 2 de Outubro, a classe médica do hospital Baptista de Sousa em São Vicente foi surpreendida por uma situação insólita ao ver 3 dos seus membros, em pleno exercício de funções, serem detidos  e conduzidos sob escolta policial às instalações da Policia judiciaria  para de seguida serem presentes ao Ministério público, acusados de desobediência a uma ordem emitida pelo juiz Antero Tavares, do Tribunal de São Vicente.

 

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Autoria:Lourdes Fortes,3 out 2017 17:17

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  4 out 2017 10:04

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