O resultado do estudo sobre a capacidade de resistência do mosquito transmissor do paludismo ao insecticida utilizado para o seu combate, foi apresentado hoje na cidade da Praia, pelo ministro da Saúde Arlindo do Rosário. O documento foi elaborado após o início do surto do paludismo no país, com a hipótese de que o mosquito vector da doença teria adquirido resistência ao insecticida utilizado na pulverização durante as campanhas anti-larval, há cerca de dez anos.
Em declarações à imprensa, à margem da cerimónia de abertura da formação nacional sobre a “Prevenção do uso de substâncias psicoactivas para professores do ensino secundário”, a tutela garantiu que “o problema não está no insecticida” utilizado.
“Este produto serve e tem alta capacidade de eliminar os mosquitos, mas terá que ser trabalhado o método de pulverização, ou seja, questões técnicas que poderão influenciar o efeito do insecticida”, garante.
O estudo sobre a capacidade de resistência do mosquito transmissor do paludismo ao insecticida utilizado foi realizado pelo Ministério da Saúde e da Segurança Social, através do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
Arlindo do Rosário congratula-se, entretanto, com o número de casos de paludismo que tem registado uma redução “significativa” na Cidade da Praia, com um a dois casos diários, ao contrário dos 13 a 14 casos diários antes registados.
Cabo Verde tem como meta erradicar o paludismo até 2020.