“Isto demonstra uma total falta de confiança na construção do diálogo social e na procura de melhores soluções para os problemas dos trabalhadores. O governo tem que respeitar o compromisso assumido com os parceiros sociais, com os quais rubricou o Acordo de Concertação Estratégica”, acusou Joaquina Almeida.
A Secretária-geral daquela central sindical lembrou ainda que o governo se tinha comprometido a apresentar a proposta de Orçamento de Estado para 2018 antes de esta ser aprovada em Conselho de Ministros, algo que, alegou, acabou por não acontecer.
“Até este momento, os parceiros sociais desconhecem o Orçamento do Estado para 2018”, reforçou Joaquina Almeida para quem de nada valeu o governo “ter chamado as centrais sindicais e as organizações da sociedade civil na preparação do OE2018”, uma atitude que classifica como “puro marketing político, porque as contribuições dadas não foram absorvidas no OE”.
Também o alívio do IRPS em 1% nos ordenados entre 35 mil e 80 mil escudos “é falso e enganador porque não corresponde nem traduz um aumento de rendimento para os trabalhadores”, disse Joaquina Almeida depois de garantir que a central sindical que dirige apresentou ao governo uma proposta de aumento salarial, para a função pública, de 2,5%. “Muitas pessoas, com trabalhos precários, vão receber um salário inferior àquilo que deveriam receber”, reforçou.