Jornalistas chamados a dar mais voz às mulheres e a participarem na luta contra a VBG

PorChissana Magalhaes,24 nov 2017 14:58

A ONU Mulheres em cabo Verde promoveu hoje, na Praia, um encontro com jornalistas com o propósito de engajar a classe na<a href="http://www.unwomen.org/en/what-we-do/ending-violence-against-women/take-action/16-days-of-activism"> campanha 16 Dias de Activismo</a> pelo fim da violência de género, que se inicia amanhã, 25 de Novembro. Este ano a campanha tem como lema “Não deixar ninguém para trás: acabar com a violência contra as mulheres e meninas”.

 

Os números referentes às múltiplas facetas da violência baseada no género continuam a ser assustadores: a cada hora que passa morrem 5 mulheres no mundo vítimas de VBG; em todo o mundo 1 em cada 3 mulheres sofrem violência física ou sexual, a maioria por parte do marido ou companheiro; dos 4.5 milhões de pessoas no mundo vítimas de exploração sexual 98% são mulheres e meninas; elas são também 71% das vitimas de tráfico humano. E muitos outros números e dados há para apontar.

As Nações Unidas, através da UN Women, vem compilando e divulgando estes números mas, também querem engajar um cada vez maior número de parceiros na prevenção e luta contra este flagelo que já denominam de pandemia. Até porque “ainda há medo, receio e incompreensão”, disse Vanilde Furtado, a responsável da UN Women Cabo Verde na sua mensagem aos jornalistas em que apelou também à abordagem de mensagens positivas através da mídia.

Por sua vez, Phumzile Mlambo-Ngcuka, secretária-adjunta da ONU e directora executiva da UN Women, em carta endereçada a jornalistas, editores, repórteres, apresentadores e blogueiros de todo o mundo enfatiza que “através de meios de comunicação social e outros, tanto as mulheres como os homens estão encontrando a força para enfrentar agressores e fazer as denúncias”.

“Nunca houve um momento melhor para demonstrar, através de um movimento global unificado, nossa determinação colectiva de acabar com o silêncio e trazer mudanças”, escreve ainda aquela responsável apelando uma vez mais à participação dos agentes de comunicação social para que destaquem a urgência de “acabar com esta pandemia que afeta um bilhão de mulheres em todo o mundo”.

A escolha do lema deste ano liga-se intencionalmente aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável cuja meta Planeta 50/50 já só tem 13 anos para se atingir.

“Se não conseguirmos teremos falhado face aquilo que nos propusemos”, alerta Vanilde Furtado que insiste na necessidade de as vozes das mulheres serem ouvidas e interpela também os homens no sentido de uma masculinidade positiva e a engajarem-se na luta.

A campanha 16 Dias de Activismo começa amanhã (25), Dia Internacional pelo fim da Violência contra Mulheres, e prossegue até 10 de Dezembro em que se assinala o Dia Mundial dos Direitos Humanos. A preceder a campanha que tem como slogan “Orange de World” (“Pinta o Mundo de Laranja”), em referência à cor escolhida para representar a luta) arrancou a campanha “Unite” criada pelo próprio secretario-geral da ONU em 2008 também para sensibilizar e promover mudanças políticas e sociais para o fim da violência contra mulheres e meninas. 

Em todas as ilhas estão programadas várias actividades com a participação de parceiros institucionais e ONG's. 

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Autoria:Chissana Magalhaes,24 nov 2017 14:58

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  24 nov 2017 14:58

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