A nova edição do Anuário Estatístico de Cabo Verde (AECV), publicado pelo INE, informa igualmente que em 2016, apenas 7,2% da população afirmou nunca ter frequentado a escola.
Em relação ao pré-escolar, nota-se uma ligeira diminuição, tendo em consideração que 3,3% da população estava a frequentar este nível de ensino, quando comparado com os 3,4% registados em 2015.
Quanto à percentagem da população que está a frequentar o ensino básico, ao contrário do que se verificou em 2015, os dados de 2016 apontam um aumento em 1,3 pontos percentuais, enquanto os ensinos secundário e superior tiveram aumentos de 5,1 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente.
Os dados divulgados pelo INE indicam também que persistem diferenças em termos de género e meio de residência da população.
Comparando os dados por sexo, constatou-se que, no que tange à proporção da população que nunca frequentou um estabelecimento de ensino, as mulheres estão em desvantagem em relação aos homens. A taxa de mulheres (10,4%) nestas condições é quase o triplo, em relação à dos homens (3,9%).
Segundo o INE, o mesmo acontece em relação à população do meio rural, onde a taxa de 11,3% é nitidamente superior à taxa de 5,1% registada no meio urbano.
Estas diferenças não são tão evidentes em relação à percentagem da população matriculada nos ensinos básico e secundário, diz o INE.
O INE confirma ainda que a população do meio rural apresenta maiores taxas em relação à população que frequenta o pré-escolar e o ensino básico.
Esta situação é invertida no meio urbano para os ensinos secundário e médio, revelam os dados publicados no Anuário Estatístico de Cabo Verde (AECV/2016).
Relativamente ao ensino superior, a maior taxa foi registada no meio rural.
Em 2015 o concelho que apresentava maior percentagem da população que nunca frequentou um estabelecimento de ensino era Ribeira Grande (14,6%), em 2016 passou a ser o concelho de São Miguel a registar a maior taxa (14,4%), seguido pelo concelho de Tarrafal (13,5%).
A taxa de alfabetização, percentagem de alfabetização da população maior de 15 anos, o INE indica que, em 2016 (87,6%), houve um aumento de 2,3 pontos percentuais, em comparação com o ano de 2012 (85,3%).
Analisando por sexo, constatou-se que esta taxa é maior nos homens (92,5%) do que nas mulheres (82,8%), o que evidencia uma desigualdade de acesso à educação, informa o INE.
No que respeita à faixa etária dos 15-24 anos, esta desigualdade por sexo é praticamente inexistente, ao longo dos cinco últimos anos.
“Estes resultados indicam um esforço de redução das assimetrias no acesso à educação”, sublinha o Anuário Estatístico de Cabo Verde (AECV/2016).