Gilberto Silva falava à imprensa na Cidade da Praia, depois de presidir à abertura da conferência prévia, seguida de uma sessão de esclarecimentos, destinada às empresas pré-qualificadas para o concurso de execução das obras do projecto, lançado a 15 de Dezembro último.
Segundo o ministro, o projecto que vai se iniciar em Dezembro de 2018, e terminar em Janeiro de 2021, financiado pela Cooperação Japonesa (JICA), no montante de quase 14 milhões de contos, vai beneficiar 56% da população residente na ilha de Santiago “e onde ainda os indicadores de distribuição de água não achegaram à média nacional”.
“O projecto vai contribuir para reduzir as assimetrias em matéria de acesso aos serviços de água e saneamento, mas se me pergunta se são investimentos suficientes, é redondamente não. Mas são estruturantes e vão permitir claramente a melhoria da qualidade do serviço e da vida dos cidadãos”, diz.
O governante assegura que o país vai precisar de “muito mais investimentos” para, por exemplo, densificar as redes de distribuição, construir mais estações de tratamento das águas residuais e investir no sistema de reaproveitamento das águas residuais, nomeadamente no sector agrário.
O Projecto de Desenvolvimento do Sistema de Abastecimento de Água na Ilha de Santiago tem como objectivo aumentar a capacidade de produção e distribuição de água potável para consumo doméstico e para a economia em toda a ilha, e será dividido em dois pólos.
Um pólo na zona norte e outro na zona sul, sendo que nesta última, será aumentada a capacidade de produção actual da central de dessalinização do Palmarejo. Na zona norte, prevê-se a instalação de uma unidade de dessalinização por osmose inversa de 20.000m³ de água/dia.